quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Associação avalia que presidente do Banpará foi afastada porque, entre outros fatores, investigou irregularidades que estavam prejudicando o banco

Ruth Mello: afastada da presidência do Banpará sem "chances de defesa", segundo a Afbepa

A presidente da Associação dos Funcionários do Banco do Pará (Afbepa), Kátia Furtado, fez comentários acerca de matéria postada aqui no Espaço Aberto, na última segunda-feira (05), sob o título Afastamento da presidente do Banpará deixa em ebulição os ânimos do funcionalismo do banco.
"Sobre a matéria acima, a Afbepa, como citada, vem manifestar que há equívocos, vez que a Presidente do Banpará não foi afastada pelo Deputado do MDB, presidente da Alepa, Francisco das Chagas Mello Júnior, mas pelo Consad do Banpará, em um procedimento que não lhe deram chances de defesa e com cometimento de certas ilegalidades", diz a dirigente da Associação.
Ela está enganada. Se Kátia Furtado leu que a presidente do Banpará foi afastada pelo governador em exercício, deputado Chicão, muito provavelmente ela deve ter lido em outro lugar, mas não aqui. Porque a matéria do blog diz claramente: A insatisfação do acionista majoritário resultou na destituição de Ruth Mello pelo Conselho de Administração, comunicada do afastasmento através de ofício que lhe foi endereçado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Francisco das Chagas Silva Mello Júnior, o Chicão, na condição de governador interino, uma vez que naquela ocasição, 18 de novembro, o titular, Helder Barbalho, participava da COP-27, no Egito.
Reforçando, portanto, o que está óbvio no texto: o Consad foi quem afastou Ruth Mello, que, por sua vez, foi apenas comunicada desse ato pelo deputado Chicão.
Feito esse esclarecimento, transcrevam-se a seguir, ipsis literis, os comentários da presidente da Afbepa:

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Sobre a matéria acima, a Afbepa, como citada vem manifestar que há equívocos, vez que a Presidente do Banpará não foi afastada pelo Deputado do MDB, presidente da ALEPA, Francisco das Chagas Mello Júnior, mas pelo CONSAD do Banpará, em um procedimento que não lhe deram chances de defesa e com cometimento de certas ilegalidades. O Deputado convocou uma assembleia de acionistas com a pauta de dissolução do CONSAD mais a substituição do seu presidente.
A Afbepa torce que a Justiça prevaleça, pois o que o funcionalismo viu foram várias medidas corretas de Ruth Méllo em sua gestão, como a investigação de certas irregularidades que prejudicavam o Banpará e avaliações de comportamentos em processos administrativos disciplinares-PADs, que consideraram outros elementos, além de fato e norma jurídica aplicável.
A Afbepa acredita que isso incomodou alguns protagonistas que atuaram para tirá-la do cargo. Também, muito do que foi publicado acerca da compra de suprimentos tecnológicos, a Afbepa verificou que o gestor desse contrato fez a compra de 11 milhões e meio e que o preço de mercado do que foi comprado é alto, que essa foi uma compra de baixo valor e que os produtos comprados foram todos entregues.
A irregularidade que escrevem que ela cometeu foi não passar por um sistema que finaliza essas compras, porém, segundo o que apuramos, que esse sistema não enquadra certos pagamentos, bastando a agência que paga o valor do que foi fornecido, encaminhar o documento de pagamento para fazer o cruzamento do débito com o crédito e assim regularizar o que foi feito.
Assim, a Afbepa tem a clareza que criaram um movimento para retirar a presidente do Banpará do cargo. O Funcionalismo, que tem visto a atuação dela, torce para que tudo seja esclarecido e ela tenha êxito em sua defesa.
Grata.

Kátia Furtado Presidenta da Afbepa

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