Ruth Mello: em dez meses de gestão, desgaste e suspeitas resultam no seu afastamento da presidência do Banpará. Lance decisivo está marcado para o dia 12 de dezembro. |
O afastamento da presidente do Banpará, Ruth Pimentel Mello, consumado no dia 18 de novembro, apenas dez meses após sua promoção ao posto máximo da instituição em que é funcionária de carreira, surpreendeu e ao mesmo tempo deixou em estado de ebulição os ânimos dos cerca de 2.500 empregados do banco.
A ascensão de Ruth Mello à presidência do Banpará foi saudada pelo próprio funcionalismo como um prêmio à sua performance como funcionária de carreira. Ela entrou para a história da instituição como a primeira mulher a dirigi-la e sua trajetória profissional despertou as melhores expectativas.
Isso porque, além de ter exercido funções no escalão médio e posteriormente na Diretoria Financeira e de Produtos e Serviços Comerciais, Mello notabilizou-se como grande conhecedora do sistema financeiro do Banpará, acumulando conhecimento minucioso sobre as oportunidades de negócios que interessam ao banco nos 144 municípios paraenses.
Mas sua atuação na presidência, nestes curtos dez meses, foi marcada por procedimentos ainda não inteiramente claros e delineados, mas que indicam ter consistido, basicamente, em deixar à margem de importantes deliberações administrativas ninguém menos que o governo do estado, o maior controlador acionário do banco.
A insatisfação do acionista majoritário resultou na destituição de Ruth Mello pelo Conselho de Administração, comunicada do afastasmento através de ofício que lhe foi endereçado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Francisco das Chagas Silva Mello Júnior, o Chicão, na condição de governador interino, uma vez que naquela ocasição, 18 de novembro, o titular, Helder Barbalho, participava da COP-27, no Egito. Quem preside interinamente o Banpará, desde então, é o diretor de Controle, Risco e Relação com Investidores, Bernardo Pereira Lima.
O próximo, e decisivo, lance após o afastamento de Ruth Mello será travado no âmbito de uma assembleia de acionistas do Banpará, a maior instância provisória do banco, que tem reunião marcada para o dia 12 de dezembro, portanto a próxima segunda-feira, a partir das 10h.
A assembleia vai deliberar sobre dois pontos específicos: a possibilidade de dissolução do Conselho de Administração e a indicação, como representante do acionista controlador, do procurador-geral do Estado, Ricardo Sefer.
Até que o próximo passo seja dado, os funcionários do Banpará, ao que parece, continuam fechados com Ruth Mello. A Associação dos Funcionários do Banco do Pará (Afbepa), alega que a então presidente não pôde se defender, de forma ampla, de certas acusações levantadas contra ela por auditoria do Banpará e revela que até mesmo o sigilo da conta bancária da presidente afastada teria sido violado sem autorização judicial.
A Afbepa ressalta ainda que, durante a gestão de Ruth Mello, o "funcionalismo teve o seu piso valorizado e mais, um reajuste maior que a inflação. Reconhecimento merecido por todo o trabalho realizado durante a pandemia e pelo engrandecimento do Banpará. Temos, também, uma presidente democrática e mais humana".
Sobre a Matéria acima, a Afbepa, como citada vem manifestar que há equívocos, vez que a Presidente do Banpará não foi afastada pelo Deputado do MDB, presidente da ALEPA, Francisco das Chagas Mello Júnior, mas pelo CONSAD do Banpará, em um procedimento que não lhe deram chances de defesa e com cometimento de certas ilegalidades. O Deputado convocou uma assembleia de acionistas com a pauta de dissolução do CONSAD mais a substituição do seu presidente. A Afbepa torce que a Justiça prevaleça, pois o que o funcionalismo viu foram várias medidas corretas de Ruth Méllo em sua gestão, como a investigação de certas irregularidades que prejudicavam o Banpará e avaliações de comportamentos em processos administrativos disciplinares-PADs, que consideraram outros elementos, além de fato e norma jurídica aplicável. A Afbepa acredita que isso incomodou alguns protagonistas que atuaram para tirá-la do cargo. Também, muito do que foi publicado acerca da compra de suprimentos tecnológicos, a Afbepa verificou que o gestor desse contrato fez a compra de 11 milhões e meio e que o preço de mercado do que foi comprado é alto, que essa foi uma compra de baixo valor e que os produtos comprados foram todos entregues. A irregularidade que escrevem que ela cometeu foi não passar por um sistema que finaliza essas compras, porém, segundo o que apuramos, que esse sistema não enquadra certos pagamentos, bastando a agência que paga o valor do que foi fornecido, encaminhar o documento de pagamento para fazer o cruzamento do débito com o crédito e assim regularizar o que foi feito. Assim, a Afbepa tem a clareza que criaram um movimento para retirar a presidente do Banpará do cargo. O Funcionalismo, que tem visto a atuação dela, torce para que tudo seja esclarecido e ela tenha êxito em sua defesa.
ResponderExcluirGrata.
Kátia Furtado
Presidenta da Afbepa
Prezada, mas onde é que está dito, na matéria, que a presidente do Banpará foi afastada pelo presidente da Alepa?
ResponderExcluirPor favor, copia e cola o trecho do texto, para que eu possa ver e, se for o caso, corrigir.
Aguardo.
Entendo dessa mesma forma, Kátia. Todos temos direito de plena defesa e toda investigação deve se processar na forma da lei. A Presidente continua merecendo todo o nosso respeito e consideração pois quem a conhece, sabe do seu caráter íntegro!
ResponderExcluir"A insatisfação do acionista majoritário resultou na destituição de Ruth Mello pelo Conselho de Administração, comunicada do afastasmento através de ofício que lhe foi endereçado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Francisco das Chagas Silva Mello Júnior, o Chicão, na condição de governador interino, uma vez que naquela ocasição",...
ResponderExcluirO trecho acima versa sobre o afastamento da presidente pelo presidente da Alepa, por isso a Afbepa considera errôneo, porque o afastamento da presidente do Banpará se deu por uma medida arbitrária e unilateral do Consad, sem que fosse propiciada a presidente do Banpará chance de defesa e do devido processo legal e contraditório. O acionista controlador, segundo se sabe no Banco, nem sabia que a Presidente tinha sido afastada, tomando após ter conhecimento do fato, a atitude de convocar uma reunião de acionistas. O Funcionalismo foi surpreendido com essa atitude do Consad, até porque a presidente afastada estava comandando o Banpará de uma forma que o protegeu de irregularidades e motivando o funcionalismo a buscar resultados.
A Afbepa quer que o Banpará saia Forte de mais essa intempérie e que o Funcionalismo possa trabalhar em Paz, dando a população o melhor atendimento.
Kátia Furtado
Presidente da Afbepa
Só não deixem ela ser julgada pelo STF, senão tchau contraditório e ampla defesa.
ResponderExcluirTrabalhar de forma correta meche com quem tem rabo preso.....Mas ainda temos justiça e com certeza será feito
ResponderExcluir"A insatisfação do acionista majoritário resultou na destituição de Ruth Mello pelo Conselho de Administração, comunicada do afastasmento através de ofício que lhe foi endereçado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Francisco das Chagas Silva Mello Júnior, o Chicão, na condição de governador interino, uma vez que naquela ocasição"...
ResponderExcluirTradução, com régua e compasso:
1. Quem afastou foi o Consad.
2. O presidente da Alepa apenas comunicou o afastamento.
Isso é claro como a luz do sol, prezada.
Mas se a Afbepa não enxerga a luz do sol, paciência!
A Presidente e a diretoria sempre deram aval para a auditoria agir dessa maneira com seus funcionários, quebrando sigilo sem autorização judicial , isso é prática do banco segundo fala de um diretor mesmo. Pimenta no olho dos outros é refresco!
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