quarta-feira, 19 de março de 2014
DS marca conferência para discutir eleições
A Democracia Socialista, uma das correntes internas do PT, já marcou a sua conferência estadual no Pará.
Será na quinta e sexta-feiras da próxima semana, dias 27 e 28, no auditório do Sindicato dos Urbanitários.
Além das teses nacionais, os petistas da DS vão discutir as eleições de outubro e devem reforçar a deliberação, já externada publicadamente - e em conjunto - pelos militantes de outras correntes, no sentido de apresentar uma candidatura própria para concorrer ao governo do Estado, contrariando outros segmentos do partido, que apoiam uma aliança com o PMDB já em primeiro turno.
Na semana passada, petistas de todos os distritos de Belém e de vários municípios, como Ananindeua, Castanhal, Bragança, Curuçá, Acará e Abaetetuba, caminharam pelas ruas do comércio, em Belém, em apoio ao manifesto por candidatura própria do PT.
Em fevereiro passado, o deputado federal Cláudio Puty, em declarações ao Espaço Aberto, defendeu a legitimidade de oferecer seu nome como pré-candidato ao governo do Estado pelo PT. "Meu nome está lançado e serei candidato a governador de minha legenda se assim decidir o Congresso do partido. Até lá, percorrerei o Estado, reunirei com lideranças, exporei minhas ideias e mostrarei que a melhor tática para a oposição vencer a máquina pública e a hegemonia tucana não é ficarmos todos no mesmo lugar para sermos golpeados, mas agruparmos os setores sociais descontentes em torno de plataformas claras e partidariamente identificadas no primeiro turno para, no segundo, saber quem então vai apoiar quem. Eu sigo confiando na força do PT e de sua militância. Por isso confio na vitória", disse Puty.
A defensora pública, ex-deputada e ex-vereadora Regina Barata, uma das petistas históricas, com 30 anos de filiação ao partido, também apoia a proposta de candidatura própria defendida por uma frente de tendências da legenda (ouça o áudio publicado acima).
Abaixo, a íntegra do Manifesto da Frente Petista por uma Candidatura Própria do PT ao Governo do Pará:
1. O Partido dos Trabalhadores é reconhecidamente o maior partido do Brasil e da América Latina, possui uma grande história e papel destacado na redemocratização do país, na organização e defesa da classe trabalhadora, na implementação das políticas sociais de combate à miséria, de valorização do salário mínimo, que combinou crescimento econômico com desenvolvimento social. O PT mudou a cara do país através de políticas públicas que buscam transformar a nação num lugar menos injusto, desigual e feliz para a maioria do seu povo.
2. Em 2014 o PT tem o desafio de reeleger a presidenta Dilma em condições de realizar um mandato que avance nas conquistas democráticas do povo brasileiro - implementar a reforma política, tributária, urbana e agrária, além de democratizar os meios de comunicação. Para isso o PT necessita ser capaz de construir alianças eleitorais pautadas na coerência programática e cuja estratégia seja claramente a realização de mudanças estruturais em nossa sociedade.
3. Acreditamos que o PT do Pará deve enfrentar o desafio de liderar um bloco de forças de esquerda e progressistas capaz de derrotar o governo Jatene/PSDB. Afinal, temos clareza que o maior e principal inimigo da classe trabalhadora e da juventude do Pará e do Brasil são os tucanos e seus governos de proliferação da miséria e de 'faz de conta' na mídia. O governo do PSDB tenta insistentemente iludir e esconder do povo do Pará o caos generalizado em que vivemos, representado pelo assustador aumento da violência e da insegurança, pelo descaso com a saúde da população, no desmonte das políticas sociais implementadas no Governo Popular (2007 - 2010). O governo Jatene/PSDB é desastroso em realizações e se tornou motivo de constrangimento e vergonha até para seus aliados. Derrotar o governo Jatene, acreditamos é tarefa prioritária para o PT do Pará e para a esquerda democrática e progressista.
4. O compromisso prematuro de dirigentes do PT em apoiar um candidato da base aliada, desrespeita a democracia interna partidária, fragiliza enormemente a campanha de Dilma em nosso estado e obviamente, não apresenta uma alternativa transformadora para o Pará, já que aposta prioritariamente na aliança com forças políticas tradicionais do estado, responsáveis, por ação e omissão, pelas mazelas de nosso povo.
5. Esses dirigentes propõe que apoiemos um candidato cujo grupo político teve papel fundamental na derrota do governo Ana Júlia, e que até seis meses atrás fazia parte do governo Jatene, ocupando secretarias estratégicas, e que, portanto, também é responsável pelo pífio resultado do atual governo.
6. O PT no Pará tem história e força politica para incidir na conjuntura politica eleitoral de 2014: governamos 23 prefeituras no estado, temos varias vice-prefeituras, uma forte e combativa bancada de 8 deputados estaduais e 4 deputados federais, além de historicamente estamos ligados as lutas dos movimentos sociais e populares.
7. Não necessitamos de sacrifícios inúteis, que desmobilizam nossa militância e simpatizantes, além de fragilizar politicamente nossos gestores municipais. Nas eleições de 2010, mesmo sem o engajamento do PMDB do Pará na campanha presidencial, nossa Companheira Dilma teve, no Primeiro Turno, 47, 93% (equivalente a 1.699.799 votos) e no Segundo Turno 53,2% (1.791.443 votos). Hoje, como demonstram recentes pesquisas eleitorais, o PT está fortalecido em nosso estado. Mesmo sem candidato lançado, temos bons nomes para a disputa. A presidenta Dilma, por sua vez, tem preferência de 68% dos eleitores. Esses dados comprovam que a tática de um "chapão" liderado por PMDB na qual setores da direção do partido apoiam não é a melhor alternativa eleitoral para derrotarmos as elites e oligarquias e para garantirmos uma vitória robusta de Dilma no Pará.
8. Queremos olhar nos olhos do/as paraenses com o brilho do orgulho de sermos petistas, que lutam incansavelmente para o Pará acompanhar as transformações e avanços por que passa o Brasil. Foi com esses objetivos e compromissos que apresentamos o nome do deputado federal Cláudio Puty para ser o candidato do PT ao governo do estado e este aceitou esta tarefa para debater com a militância e a sociedade uma alternativa política nas eleições de 2014. Deputado Puty tem o apoio de militantes, diversas tendências, agrupamentos, parlamentares, dirigentes e simpatizantes do PT.
9. Neste sentido, a Frente Petista por uma Candidatura Própria ao Governo do Estado do Pará, CONCLAMA a participação dos militantes, filiados, dirigentes e simpatizantes para dialogamos sobre os rumos que devemos seguir nestas eleições. Queremos fortalecer o PT do Pará, porque acreditamos que neste momento histórico somente nosso partido pode apresentar uma candidatura viável que lidere uma ampla aliança progressista que represente a derrota das oligarquias e dos tucanos.
Saudações aos militantes, filiadas e filiados petistas contamos com o seu apoio!
Belém, PA, março de 2014.
Faltou combinar com o "russo" Lula; ele já bateu na mesa e mandou dizer que o "cara" é o Helder.
ResponderExcluirEngulam sem cara feia, cumpanherus!
E o Pará...que reze.