A senadora Marinor Brito entregou há pouco em Belém, ao procurador da República Bruno Soares Valente, representação em que pede providências do Ministério Público Federal contra o ex-deputado Jader Barbalho, presidente regional do PMDB, a quem ela acusa de improbidade por ter mantido oculto, por dez anos, um contrato em que aparece como proprietário de metade do controle da TV Tapajós, afliada da Rede Globo, em Santarém.
O contrato foi registrado na Junta Comercial do Pará (Jucepa) há cerca de apenas um mês, procedimento que antecedeu o ingresso formal de Jader no processo de inventário do empresário Joaquim da Costa Pereira, que então se imaginava ser o único dono do Sistema Tapajós de Comunicação (STC), do qual a TV Tapajós faz parte.
Em conversa com o Espaço Aberto por telefone, a senadora considerou "proveitoso" o encontro com o procurador e adiantou que, preliminarmente, é provável que o Ministério Público desdobre a representação em três procedimentos administrativos distintos: um para apurar supostas ilicitudes na área cível, outro na área penal e outro na área eleitoral.
Os procedimentos são necessários, segundo explicou a senadora, porque o fato de o contrato ter ficado na gaveta, às escondidas, por dez anos deflagra repercussões nas áreas fiscal, patrimonial e eleitoral, uma vez que, como é notório, o ex-deputado nunca declarou à Justiça Eleitoral que detinha metade das cotas da TV Tapajós, muito embora tenha registrado essa situação em suas declarações do Imposto de Renda nos últimos cinco anos.
Marinor confirmou ainda que na próxima terça-feira fará a mesma coisa, pessoalmente, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília: vai informar à Corte que Jader é sócio oculto da empresa com sede em Santarém há dez anos. A senadora espera que, tão logo o TSE receba a informação, acione a Procuradoria Geral da República para apurar o assunto, uma vez que isso envolve também a concessão pública de emissora de televisão.
A senadora também confirmou informações postada ontem, no blog, de que na próxima terça-feira também ocupará a tribuna do Senado para abordar o assunto e informar sobre todas as providências que já tomou para que se apurem as repercussões jurídicas da condição de sócio oculto que o ex-deputado Jader Barbalho manteve por dez anos.
Tchau biônica
ResponderExcluirCriticar a Marinor é fácil, defender o Jader que é difícil.
ResponderExcluir