quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Paulo Heineck: "Secretário, eu?"

Até que veio o governo Ana Júlia.
Até que veio a posse de Ana Júlia, em 1º de janeiro de 2007.
Pronto.
Aí mesmo que Paulo Heineck mandaria.
Aí mesmo é que seria o cara.
Seriam o homem.
O homem das sombras.
Sempre manejando os cordéis.
E sempre mandando.
“Ele sempre mandou", resumiu uma das fontes ouvidas pelo Espaço Aberto.
Mas sempre invisível.
Por ocasião da composição do secretariado, Heineck foi convidado por Ana Júlia para ser o seu secretário de Comunicação, o que seria lógico.
Mas o gaúcho declinou.
A princípio sem saber o porquê da não aceitação ao convite, alguns deduziram que ele não queria expor-se ao ônus do cargo, eis que não gosta de luz, eis que age sempre nas sombras.
Seria indesejado, por demasiado arriscado, ordenar despesas, prestar contas, prender-se a uma agenda de trabalhos, privar-se do ir e vir ao Rio Grande do Sul e ao resto do Brasil e do mundo.
Pois quem fez essa deducão, deduziu certo.
Certíssimo.
E Heineck, mesmo recusando o cargo de secretário, continuou manejando os cordéis.
Mas nas sombras.
Sempre nas sombras.
"O Heineck concebeu, pariu, planejou, executou e acompanhou todas as questões ligadas a publicidade e marketing desse governo", disse ao blog fonte que tratou bastante com o gaúcho.
Foi ele, por exemplo, quem trouxe a baiana Link Publicidade para tocar a campanha de Ana Júlia.
Foi ele, além disso, quem concebeu, juntamente com outros dois ou três, a distribuição dos kits escolares, a iniciativa que pode até ter sido digna de um especialista em marketing como Paulo Heineck poderá achar que ele mesmo é, mas de outro lado uma iniciativa das mais atabalhoadas, das mais afrontosas às leis.
Uma iniciativa tão colidente com a legalidade que terminou em ação por improbidade, recheada de indícios consistentes de superfaturamento.
Ele sempre mandou nas verbas de publicidade do governo.
Tinha acesso e influência diretos sobre a governadora.
"Fátima Gonçalves, depois Fábio Castro e, por último, Paulo Roberto Ferreira, no que diz respeito às verbas de publicidade, o que inclui todas as negociações com agências e veículos de comunicação, decidiam tanto quanto os torcedores de Remo e Paysandu decidem a contratação dos técnicos e jogadores dos seus respectivos clubes", comparou um outro ouvido pelo Espaço Aberto.
A influência de Heineck era de tal ordem que ele se permitia dar ordens - isso mesmo, ordens - para que em notícias produzidas pela Agência Pará não fossem citados os nomes de alguns integrantes do segundo escalão do governo Ana Júlia com os quais não topava, com os quais não simpatizava.
O blog tem os nomes de dois, pelo menos dois, que entrava para o índice do heinequismo.
Prefere não declinar os dois nomes, para evitar que os dois entrem para o índex do próprio PT. Mas, se precisar, o blog di-los-á (rsss). Com todos os efes e erres.
Heineck, também ressalte-se, foi o cara que também sempre tratou sobre verbas de publicidade com os dirigentes - ou seus representantes - dos principais veículos de comunicação de Belém.
Paulo Heineck, o cara das sombras.
Sempre invisível, mas nem por isso menos atuante.
Muito pelo contrário.

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