O que foi que desencadeou a antecipação da reforma do secretariado?
A necessidade de preservar a unidade do PT.
O que foi que precipitou a saída do chefe da Casa Civil?
A incompatibilidade entre as funções indelegáveis de chefe da Casa Civil, entre elas a de fazer a articulação política, e a condição que ele passou a ostentar desde o ano passado – com visibilidade cada vez mais crescente - de aspirante a uma vaga na Câmara dos Deputados.
Quais os resultados práticos da queda de qualidade na articulação política conduzida pela Casa Civil?
Dois resultados práticos: o primeiro, o acirramento das disputas entre as tendências, sobretudo a Unidade na Luta (de Paulo Rocha, entre outros), a PT Pra Valer (Bernadete ten Caten, Zé Geraldo e Valdir Ganzer) e a Democracia Socialista (Puty e Ana Júlia); o segundo, a extrema dificuldade em manter e, mais ainda, ampliar o arco de alianças para garantir a reeleição de Ana Júlia.
Pois o contrário de tudo isso – exatamente 0 contrário – tem ocorrido administração Maria do Carmo (PT), em Santarém, e mesmo nas relações internas do PT santareno.
A enorme, abissal e contrastante diferença entre os dois cenários – o de Santarém e o que se esboça no âmbito do governo estadual – se inspira em dois fatores: o esforço permanente para a unidade do PT e a relação transparente do governo petista com os partidos aliados, o que confere credibilidade e transparência à ação política.
De quatro para doze
Em Santarém, por exemplo, eram apenas quatro os partidos que apoiaram a primeira eleição de Maria do Carmo. Em 2008, na campanha para a reeleição, eram 12 os partidos. Doze!
E o governo Ana Júlia? Não apenas sempre manteve uma relação conflituosa com o PMDB, seu principal aliado, como até agora não conseguiu agregar legendas expressivas.
Ana Júlia, por enquanto, se escora em nanicos tão nanicos que, somados, os seus filiados cabem numa van. Se tanto.
Está bem, entrou o PP de Gerson Peres.
Mas, e o PMDB? Está mais fora do que dentro da aliança.
E o PTB? Até agora, já sinalizou que não vai embarcar num acordo com Ana Júlia.
E o PR? Igualmente.
E o PDT? Idem, idem.
Relação transparente
Quanto à relação com os partidos aliados, a mesma diferença – abissal, evidente – se configura quando se comparam as ações em Santarém e as articulações políticas no governo Ana Júlia.
Lá, na Pérola do Tapajós, o jogo entre o governo Maria do Carmo e os partidos que o apoiam é limpo e cristalino, como limpa e cristalina é a água do rio que se esparrama em frente à cidade.
A relação com os partidos não é, como muitos pensam, obra apenas de Everaldo, tido como o mais influente dos secretários de Maria do Carmo.
Não.
Ele divide essa incumbência com a própria gestora e com Inácio Corrêa, que também tem sido imprescindível para que a relação se faça sem turbulências, além daquelas eventuais e sempre previsíveis que ocorrem normalmente na convivência entre legendas partidárias.
Em Santarém, os acordos do governo com os demais partidos têm sido cumpridos e respeitados à risca.
E no governo Ana Júlia? A grita tem sido geral. A insatisfação dos aliados é permanente. E tanto é assim que esse empréstimo de R$ 366 milhões enfrentará muitos obstáculos para ser aprovado na Assembleia.
Construção da unidade partidária
E a unidade partidária?
Em Santarém, ela tem sido cultivada, construída dia a dia.
E em Santarém, ressalte-se o PT não é monolítico. Não é de uma tendência só.
Há quatro tendências por lá.
Mas cada uma no seu quadrado político-eleitoral.
E todas, evidentemente, interferem em conjunto no movimento social, o que reafirma e identifica o perfil, a feição e o ideário do partido.
E como se manifesta a unidade do PT santareno? No fato de que o consenso sempre permitiu a formação de chapa única para eleger o comando local. E cada tendência está devidamente representada nas instâncias partidárias.
E no governo Ana Júlia?
No governo Ana Júlia, a unidade partidária pode ser até um ideal, mas um ideal que não se consuma na prática.
No governo Ana Júlia, não se consolidou muito a lição do “cada um no seu quadrado”.
Querem um fato?
O fato mais evidente foi a exasperação da deputada Bernadete ten Caten, que ameaçou disputar as prévias com Ana Júlia, desde que a visita de 17 prefeitos ao Palácio dos Despachos ganhou os contornos de proselitismo eleitoral em favor de Cláudio Puty.
A referência
Os contrastes, como se vê, são flagrantes.
E nesse caso, os contrastes recomendam que Santarém seja uma referência para modificar o curso da ação política do governo Ana Júlia.
Para o bem, é claro, do governo Ana Júlia.
Está bem, entrou o PP de Gerson Peres.
Mas, e o PMDB? Está mais fora do que dentro da aliança.
E o PTB? Até agora, já sinalizou que não vai embarcar num acordo com Ana Júlia.
E o PR? Igualmente.
E o PDT? Idem, idem.
Relação transparente
Quanto à relação com os partidos aliados, a mesma diferença – abissal, evidente – se configura quando se comparam as ações em Santarém e as articulações políticas no governo Ana Júlia.
Lá, na Pérola do Tapajós, o jogo entre o governo Maria do Carmo e os partidos que o apoiam é limpo e cristalino, como limpa e cristalina é a água do rio que se esparrama em frente à cidade.
A relação com os partidos não é, como muitos pensam, obra apenas de Everaldo, tido como o mais influente dos secretários de Maria do Carmo.
Não.
Ele divide essa incumbência com a própria gestora e com Inácio Corrêa, que também tem sido imprescindível para que a relação se faça sem turbulências, além daquelas eventuais e sempre previsíveis que ocorrem normalmente na convivência entre legendas partidárias.
Em Santarém, os acordos do governo com os demais partidos têm sido cumpridos e respeitados à risca.
E no governo Ana Júlia? A grita tem sido geral. A insatisfação dos aliados é permanente. E tanto é assim que esse empréstimo de R$ 366 milhões enfrentará muitos obstáculos para ser aprovado na Assembleia.
Construção da unidade partidária
E a unidade partidária?
Em Santarém, ela tem sido cultivada, construída dia a dia.
E em Santarém, ressalte-se o PT não é monolítico. Não é de uma tendência só.
Há quatro tendências por lá.
Mas cada uma no seu quadrado político-eleitoral.
E todas, evidentemente, interferem em conjunto no movimento social, o que reafirma e identifica o perfil, a feição e o ideário do partido.
E como se manifesta a unidade do PT santareno? No fato de que o consenso sempre permitiu a formação de chapa única para eleger o comando local. E cada tendência está devidamente representada nas instâncias partidárias.
E no governo Ana Júlia?
No governo Ana Júlia, a unidade partidária pode ser até um ideal, mas um ideal que não se consuma na prática.
No governo Ana Júlia, não se consolidou muito a lição do “cada um no seu quadrado”.
Querem um fato?
O fato mais evidente foi a exasperação da deputada Bernadete ten Caten, que ameaçou disputar as prévias com Ana Júlia, desde que a visita de 17 prefeitos ao Palácio dos Despachos ganhou os contornos de proselitismo eleitoral em favor de Cláudio Puty.
A referência
Os contrastes, como se vê, são flagrantes.
E nesse caso, os contrastes recomendam que Santarém seja uma referência para modificar o curso da ação política do governo Ana Júlia.
Para o bem, é claro, do governo Ana Júlia.
NAO ENTRAREI NO MÉRITO DA QUESTÃO. MAS SÓ PARA LEMBRAR: A MARIA DO CARMO É NOVA NO PT. SUA FAMÍLIA É ORIUNDA DO PMDB, OU SEJA, VIERAM DA DIREITA. POR ISSO É QUE ESTÃO AMARRADÍSSIMO COM OS BARBALHOS. DIZER QUE EM SANTARÉM TUDO SÃO FLORES É DESCONHECER A REALIDADE INTERNA DO PT. PAULO ESTAIS ACREDITANDO EM PAPAI NOEL.
ResponderExcluirHoje você é só elogios a Everaldo Martins. Daqui a dois meses ele terá o mesmo destino de Puty: só pancada. Nada de positivo será reconhecido. Só os erros que os seus adversários apontarem terão guarida no seu blog. A gente já está esperando. Escrevo só para registrar e poder confrontar esta mensagem com o que você vai escrever daqui a dois meses.
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