quarta-feira, 1 de julho de 2009

Kit escolar: a hora das explicações

Sua Excelência o doutor Cláudio Puty, a segunda pessoa mais importante do Estado – antes mesmo do vice-governador Odair Corrêa – vai receber os coleguinhas daqui a pouco, às 15h, no Palácio dos Despachos, para uma entrevista coletiva.
Em pauta, três assuntos: kits escolares da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a demissão de temporários estaduais, o embargo das obras do Projeto Ação Metrópole e a decisão judicial que determinou o afastamento da titular da Fundação da Criança e do Adolescente do Pará (Funcap), Euniciana Cardoso da Silva.
Em relação aos kits, os coleguinhas poderiam fazer algumas perguntas básicas ao dr. Puty. Apenas quatro perguntas:

1. Quem foi que deu a ordem para a Seduc contratar os serviços gráficos, via Double M? Foi a própria secretária Iracy Gallo quem teve a iniciativa de fazê-lo ou ela recebeu, digamos, orientações superiores? De quem foi a orientação?
2. Qual o papel da Consultoria Geral do Estado no amparo jurídico de toda essa operação? A Consultoria Geral tem algum parecer seu ou tudo ficou mesmo a cargo do dr. Carlos Augusto de Paiva Ledo, o assessor jurídico da Seduc, único que não teve os seus bens bloqueados?
3. Quantas escolas tem a rede de ensino do Estado? E quantas, até agora, receberam o kit escolar? Ou parou a distribuição? E se parou, parou por quê?
4. Até agora, só se falou na aquisição das agendas – confeccionadas na gráfica Santa Marta, em João Pessoa (PB) –, mas não se sabe de qualquer detalhe sobre a aquisição das mochilas? Onde foram adquiridas? É verdade que foram adquiridas no Rio? É verdade que um grande grupo empresarial local queria vender as mochilas, mas não conseguiu? Qual o custo da aquisição das mochilas?

Entrevistas coletivas, vocês sabem, são chatíssimas. O entrevistado diz apenas o que quer. Convém, quando é assim, que ouça perguntas que não gostaria de ouvir.
Não é o caso do dr. Puty, evidentemente.
Com a transparência do governo no qual desponta como o segundo mais importante, Sua Excelência, evidentemente, não fugirá de qualquer resposta.
E não apenas responderá tudo que lhe perguntarem, como mostrará evidências – por exemplo, mostrará a Imprensa as notas fiscais da aquisição das mochilas.
Basta que os coleguinhas perguntem ao dr. Puty.
Ele sabe de tudo.
Se não souber, que mais saberá?

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