Castelo, o que faz tudo às claras. Até quando se “esconde”.

Esse Paulo Castelo Branco, o ex-superintendente do Ibama que enfim foi preso ontem, já na condição de foragido de justiça, é um cara meio esquisito.
É tão esquisito que faz as coisas na maor transparência, na maor tranquilidade.
Castelo, reconheça-se, faz tudo às claras.
Quando foi preso em flagrante pela Polícia Federal, no dia 24 de maio de 2000, ele não estava em qualquer beira de estrada, esgueirando-se pelas veredas da vida.
Não.
Estava no aeroporto de Brasília, um dos mais movimentados do País.
Castelo, ao ser preso, não foi flagrado com uma carteira de dinheiro.
Não.
Foi flagrado com uma sacola de dinheiro.
Aí, Castelo foi condenado em agosto de 2002.
Condenado, impetrou vários recursos e habeas corpus. Perdeu todos.
E a sentença condenatória transitou em julgado, segundo decidiu o Superior Tribunal de Justiça.
Até que o juiz federal Rubens Rollo D’Oliveira mandou prender Castelo.
O réu, como se esperava, fugiu de Belém.
Fugiu pra onde?
Fugiu para a Bósnia?
Para Goa?
Não.
Fugiu para o Rio.
E no Rio, escondeu-se em algum esconderijo bem escondidinho lá pela Zona Norte?
Não
No Rio, Castelo foi esconder-se – vejam só - em Copacabana, um dos mais bairros mais frequentados por paraenses, que trançam por ali com a mesma desenvoltura com que o fazem aqui pela Praça da República.
Não deu outra: Castelo em cana.
Castelo, reconheçamos, faz tudo às claras.
Até para esconder-se, ele se esconde às claras.