Kit escolar: coleguinhas de Santarém, perguntai

Coleguinhas de Santarém, perguntai.
Perguntai à governadora Ana Júlia, quando estiver aí neste final de semana, acompanhando o príncipe Charles e a duquesa de Cornuália (putz!).
Perguntai a Sua Excelência tudo o que deve ser perguntado sobre essa questão dos kits escolares.
Perguntai:
* Quanto custou?
* Por que não houve licitação?
* Por que a senhora mandou fazer as agendas na Paraíba, se as gráficas do Pará – inclusive as de Santarém – têm capacidade para fazer um trabalho tão simples desse?
* E as mochilas?
* Quanto custou?
* Quem fez?
* É verdade que foram feitas no Rio?
* E as camisas? Ah, serão feitas em convênio com os conselhos escolares? Como é que será isso mesmo?
Perguntai, coleguinhas de Santarém, porque os daqui de Belém não têm tido essa oportunidade.
A governadora tem viajado muito para Brasília.
Viaja até para fazer fuxico de Carlos Guedes, aquele que, vocês sabem, já foi o queridinho do governo e virou agora persona non grata.
Perguntai, coleguinhas.
No máximo, a governadora pode dizer um “sem comentários”.
Pronto. Se disser isso, será uma confissão. Mais uma confissão de culpa.
Se disser que tudo foi feito dentro da legalidade, peçam dados a ela. Dados concretos.
Se nada conseguirem, convidem Sua Excelência para uma conversa mais informal às margens do Tapajós, lá em Alter-do-Chão.
Vendo aquelas águas lindas do Tapajós, aquela praia de areia branquinha, sentindo aquela brisa ótima, quem sabe a governadora, mais relaxada, não será capaz de abrir o bico? (ainda que abrir o bico seja coisa de tucano).

Vejam uma foto de Alter-do-Chão aí em cima (do blog) Vocês acham que alguém resistiria não confessar num cenário desses?
Sim, pode chover. Mas não vai poder. É possível que, amanhã, Alter-do-Chão se um convite para levar a governadora à praia.
Tentem, coleguinhas.
Tentem.
Não custa nada.
Perguntai.