quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Quer dizer, então, que a "culpa" pela inclusão da marca do governo do Pará em sacolas é do fornecedor. Mas por que não incluíram o escudo do Remo?


Opa!
Temos nota, gente.
Temos uma nota que, em vez de esclarecer, desesclarece cada vez mais o caso da inclusão da logomarca do governo do Pará em sacolas biodegradáveis à venda em supermercados.
Nesta quarta-feira (17), pela manhã, o Espaço Aberto publicou a postagem intitulada Você não é o líder do Líder? Pois exija, como líder, que o Líder se explique. E o governo do Pará também.
Pois espiem aí.
Como as sacolas vêm sendo vendidas não apenas no Líder, mas em vários outros estabelecimentos, a Associação Paraense de Supermercados (Aspas) resolveu divulgar a nota de esclarecimento acima.
Melhor se não o tivesse feito.
Porque agora mesmo é que eu - pelo menos eu - não entendi absolutamente nada.
Se já estava entendendo muito pouco, agora desentendi de vez.
Quer dizer então que, "sem qualquer solicitação dos supermercados ou imposição de qualquer órgão estadual, a empresa que forneceu as sacolas para a grande maioria de nossos associados, por iniciativa própria, estampou a marca oficial do Governo do Estado em todas as sacolas até então produzidas".
É isso mesmo que eu li?
É isso mesmo que está registrado e consignado, preto no branco, na nota acima?
Se é, quero dizer que, como acredito nesse esclarecimento, também passei a acreditar em várias outras coisas na minha vida.
Agora, acredito, por exemplo, que Daniel Silveira é um democrata.
Que Olavo de Carvalho vai abrir um curso de boas maneiras.
Que a terra é plana.
E por último, mas não menos importante, também agora já acredito que o Íbis passou de pior a melhor time do mundo.
Sério mesmo, gente!
Quer dizer, então, que a logomarca do governo do Pará foi iniciativamente exclusiva da empresa fornecedora.
Mas por que a empresa fornecedora foi lembrar-se justamente de incluir a marca do governo do Pará nessas sacolas?
Por que não incluiu o escudo do Remo, o único time paraense na Série B?
Por que não a imagem de um tacacá, de uma panelada de maniçoba, de uma tigela de açaí ou de um cofo de caranga para identificar o Pará?
Por que, repita-se, justamente a imagem do governo do estado?
Sei lá.
O certo é que já temos, até agora, duas notas.
Uma do governo do Pará e a outra, da Aspas.
Vou esperar a terceira: da empresa fornecedora.
Depois dessa terceira, pode ser que venha a quarta, que, suponho, deve ser divulgada pelo Marketing do general Pazuello, capaz de transformar pazuellices em poemas que afagam os nossos ouvidos, enternecem nossos corações e reforçam as nossas mais íntimas convicções sobre qualquer coisa, inclusive a de que o general Pazuello não é o pior ministro da Saúde que o Brasil já produziu em 500 anos.
Estamos à espera da terceira e quarta notas.

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