quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Você não é o líder do Líder? Pois exija, como líder, que o Líder se explique. E o governo do Pará também.

Aqui pra nós e que ninguém nos ouça.
Mas que história mal contada essa da propaganda do governo do Pará estampada, em destaque, em sacolas recicladas vendidas em unidades do Supermercado Líder, né?
Li, reli as versões e notas de esclarecimento que rolam aí pelas redes sociais, mas, confesso, não entendi bem, não.
Vem o governo do Pará e oficialmente, em seu perfil no Twitter (vejam acima), diz que sua marca oficial foi usada de forma indevida e, por isso, adotará as tais medidas cabíveis.
De forma indevida?
Mas como assim?
O governo do Pará não foi ouvido e nem cheirado sobre a decisão do Grupo Líder de estampar a marca oficial nas sacolas?
Se foi, permitiu que a marca oficial fosse usada?
Se permitiu, em que termos deveria ter sido usada?
Se permitiu, em que condições a marca deveria constar das sacolas?
Se o governo do Pará não permitiu, é justo imaginarmos que o Marketing do Grupo Líder acordou de manhã e simplesmente, por inspirações provindas de sonhos durante uma noite bem dormida, resolveu que a marca oficial do governo do Pará deveria aparecer nas sacolas biodegradáveis?
Que motivações poderiam ter levado o Grupo Líder a, sem a permissão do governo do Pará, usar a marca oficial nas sacolas?
Sinceramente, essa montoeira de perguntas precisa ser respondida - tanto pelo Grupo Líder como pelo governo do Pará.
Como a história está muito mal contada, o que todos esperamos, sinceramente, é que, nas medidas cabíveis que vierem a ser adotadas pelo governo do estado para reparar o dito uso de forma indevida da marca oficial, sejam esclarecidos todos os detalhes até aqui ignorados pelo distinto público.

"Pazuello do Líder" - 
Aliás, no esclarecimento dessa questão, o Líder bem que deveria ser tão presto, tão lesto, expedito, rápido e ligeiro como no caso em que o gerente do Grupo, Orimar Benedito Rodrigues, sugeriu através de mensagem numa rede social que o governo federal deveria destinar parte das verbas da educação para bancar o pagamento do auxílio emergencial.
Verbas da educação para pagar o auxílio emergencial?
Sim.
Orimar, que deve ser uma espécie da Pazuello do Grupo Líder, explicou que os professores não trabalham há um ano - ele é que acha, prestem bem atenção -, daí ser plenamente justificável que se reduzam os gastos com edução para destinar recursos a um contingente populacional que, em parte, terá dinheiro no bolso para comprar os produtos que o Grupo Líder vende em suas gôndolas.
Essa pazuellice desatou um tsunami de indignações, à frente o Sindicato das Instituições Federais de Ensino Superior dos Municípios de Abaetetuba, Belém, Bragança e Cametá, que divulgou uma dura nota. O Sintepp também exigiu imediata retratação da empresa.
Em reação a esse tsunami, o Grupo Líder divulgou também a sua nota, que você pode ler aí ao lado.
Pois é.
Teremos uma nota do Grupo Líder explicando essa questão da marca oficial do governo do Pará nas sacolas biodegradáveis que as unidades do supermercado estão vendo a R$ 0,08?
Aguardemos.
Aliás, você aí, consumidor, não é tratado como o líder do Líder?
Pois exija, ou melhor, exijamos, na condição de líderes do Líder, que o Líder se explique.
E o governo do Pará também. 

2 comentários:

  1. Meu jovem! Não é só o Líder não, que usa essa propaganda. Está nas sacolas de outros supermercados, entre os quais eu comprei como +Barato, o Armazém entre outros e os valores variam de locais. Sendo os mesmos sacos verdes que facilmente rasgam. Com a palavra o finado Procon.

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  2. Comprei uma sacola dessa do líder a R$ o,30

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