sábado, 30 de maio de 2020

Feiras lotadas, crianças empinando papagaio, gente nas ruas. O nosso "novo normal".


Vejam aí.
Está no Diário do Pará deste sábado (30).
Na tabela, conforme indica a legenda, estão relacionadas "5 zonas por nível de risco em ordem crescente e decrescente de gravidade".
Esse é, digamos assim, um dos referenciais técnicos para amparar o relaxamento gradual do isolamento social e, em consequência, a retomada das atividades econômicas por segmento.
O que significará isso na prática?
Nada.
Até que as experiências dos próximos dias provem o contrário, nada significará.
Com todo o respeito, já estamos vivendo um novo normal. Que será igualzinho ao velho normal. Será igualzinho ao que sempre foi.
O próprio Diário do Pará já publicou, por exemplo, uma foto do novo normal em Ananindeua (veja embaixo). Um horror!
Temos gente, muita gente, nas ruas.
Sem máscaras, inclusive.
Com junho às portas, a molecada está empinando papagaios como se nunca tivesse havido pandemia. Está nas ruas, portanto. Se as crianças contraírem o vírus poderão, na condição de assintomáticas, infectar pais, avós e muitos mais quando voltarem pra casa.
Em vários bairros de Belém, a movimentação é intensa, conforme relatos nos últimos dias.
Reconheça-se, é claro, o esforço tanto da prefeitura como do governo do estado em balizar suas ações a partir de parâmetros técnicos definidos.
Mas será impossível deter esse povo em casa.
Se durante o lockdown a média de adesão ao isolamento não passou de 55% na média, à exceção da brava gente do Curió-Utinga, vocês imaginem então sem lockdown.
Credo!
Aliás, quando começarão os festivais de quadrilha junina, hein?

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