Militantes do PT também querem candidatura própria

É isso, meus caros.

O que muitos apostavam viesse aconteceu mais para a frente, lá para o início do próximo ano, está acontecendo agora.

Agora e já.

A resistência no PT do Pará à escolha do PMDB como aliado principal para disputar as eleições do próximo ano começa a ficar, digamos assim, mais visível e barulhenta.

Ontem, um grupo de militantes formalizou o encaminhamento, à direção estadual da legenda, de um documento subscrito por 51 militantes do PT e chancelado por mais de 100 filiados nas redes sociais.

Os signatários são claros: não aceitam a resolução aprovada por unanimidade pelo Diretório Estadual do partido, em meados de junho, definindo que o PMDB como aliado preferencial da legenda e praticamente definindo que o candidato ao Senado será Paulo Rocha, em dobradinha com o ex-prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, como candidato ao governo do Estado.

A iniciativa engrossa o coro dos descontentes que começou com o deputado federal Cláudio Puty, a primeira voz dissonante à aliança com o PMDB.

"Não tem sentido o PT não apresentar candidatura própria. Somos o maior partido de esquerda na sustentação de Dilma, com características e propostas distintas de outros partidos da base aliada. Temos um projeto de desenvolvimento para o Pará, temos aproximação com os movimentos sociais, com a Academia”, disse o deputado, no início deste mês.

Aliás, ontem à tarde, Puty e uma comissão de lideranças da chapa efetivaram a inscrição da candidatura do parlamentar a presidente estadual do PT.

Também foi apresentada a lista com mais de 600 nomes de lideranças que subscrevem apoio a  Puty, dentre eles a PTLM, Articulação de Esquerda, Coletivo Pororoca vermelha, Regina Barata e o vereador Amaury (APPD).

A Chapa de delegados apresentada se chamará “Candidatura própria, já!” e terá comissão com mais de 400 filiados, distribuídos em mais de 80 municípios.