Mas que coisa, hein, meus caros?
Que coisa impressionante os números do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que divulgou nesta segunda-feira (29).
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IHDM), que mensura os índices relativos à saúde, educação e distribuição de renda, saltou estrondosos, expressivos 56,4% no Pará em 20 anos, no período de 1991 a 2010.
Ótimo?
Sim, sem dúvida ótimo.
Mas olhem só.
Da mesma forma como não convém tomar certas realidades isoladamente, porque isso oferece um corte - como dizem - meio impreciso do contexto, não se pode desprezar outros contextos que não aqueles restritos à Região Norte.
Querem ver?
Quando se considera Melgaço, por exemplo, é uma tragédia.
O município, situado na Ilha do Marajó, tem o pior IDHM do país.
O índice é de ínfimo, mísero, horrorosamente minguado 0,418, o mais baixo das 5.565 cidades pesquisadas.
Isso significa, por exemplo, que metade dos moradores de Melgaço não sabe ler nem escrever.
Pasmem: 12 mil dos 24 mil habitantes da cidade não são alfabetizados, e apenas 681 pessoas frequentam o ensino médio, segundo dados do censo do IBGE publicados no ano passado.
Olhem os dados acima.
Quando se consideram apenas os dados relativos à educação, Melgaço apresenta também o pior resultado, com 0,207. Acima dela, imediatamente acima, Chaves, também no Marajó, com 0,234.
E aí?
E aí que vocês podem argumentar o seguinte: mas o Pará deu um salto de 56,4%.
Claro, muito bacana.
Esse é um contexto maior.
Mas então vamos contextualizar mais.
CLIQUEM AQUI.
Quando clicarem, vocês terão acesso ao IDHM de todos os 5.565 municípios brasileiros.
Feito isso, tomemos Belém, por exemplo.
A cidade tem o maior IDHM do Pará, com 0,746.
Pois é.
Com essa bola toda, a capital paraense, destaque em saúde, educação e distribuição no contexto do Estado, aparece em 628º lugar no país.
Vejam aí.
E na Região Norte, Belém é a primeira?
Não é.
A primeirona é Boa Vista, capital de Roraima, que no país é a 508ª, com 0,752.
E no contexto da Região Nordeste?
Pior ainda.
Belém não ganha de nenhuma capital.
Absolutamente nenhuma.
Perdemos para São Luís (MA), que está, acreditem, na 249ª posição, com 0,768.
E ficamos atrás de Teresina (526º lugar), só para citar duas capitais.
E estamos falando, no contexto geral, bem geral mesmo, de Belém, meus caros, o suprassumo do IDHM no Pará.
Imaginem se contextualizarmos Melgaço.
Imaginem.
É a tal coisa: para comemorarmos o fato de o Pará, em 20 anos, ter avançado 56,4% no IDHM, não se perca de vista que ainda precisamos avançar uns 1.500% - senão mais - para, de fato, termos razões para comemorar.
E aí que vocês podem argumentar o seguinte: mas o Pará deu um salto de 56,4%.
Claro, muito bacana.
Esse é um contexto maior.
Mas então vamos contextualizar mais.
CLIQUEM AQUI.
Quando clicarem, vocês terão acesso ao IDHM de todos os 5.565 municípios brasileiros.
Feito isso, tomemos Belém, por exemplo.
A cidade tem o maior IDHM do Pará, com 0,746.
Pois é.
Com essa bola toda, a capital paraense, destaque em saúde, educação e distribuição no contexto do Estado, aparece em 628º lugar no país.
Vejam aí.
E na Região Norte, Belém é a primeira?
Não é.
A primeirona é Boa Vista, capital de Roraima, que no país é a 508ª, com 0,752.
E no contexto da Região Nordeste?
Pior ainda.
Belém não ganha de nenhuma capital.
Absolutamente nenhuma.
Perdemos para São Luís (MA), que está, acreditem, na 249ª posição, com 0,768.
E ficamos atrás de Teresina (526º lugar), só para citar duas capitais.
E estamos falando, no contexto geral, bem geral mesmo, de Belém, meus caros, o suprassumo do IDHM no Pará.
Imaginem se contextualizarmos Melgaço.
Imaginem.
É a tal coisa: para comemorarmos o fato de o Pará, em 20 anos, ter avançado 56,4% no IDHM, não se perca de vista que ainda precisamos avançar uns 1.500% - senão mais - para, de fato, termos razões para comemorar.
Péssima avaliação.
ResponderExcluir1. O estado do Pará, em 1991, era o 17º; em 2000, caiu para 19º; e, em 2010, despencou para 24º.
2. Não se deve analisar somente o crescimento de IDH, haja vista que, no período 1991 a 2010, Melgaço teve um incremento no seu IDHM de 136,16%, acima da média de crescimento nacional (47,46%) e acima da média de crescimento estadual (56,42%). UAU!
3. O estado do Pará involuiu. Está muito pior que em 1991.
E vivas aos nossos políticos, que ao longo do tempo "contribuiram com seus esforços" para a involução.
ResponderExcluirEsquerda, direita, centro, por cima, por baixo, tudo porcaria.