terça-feira, 21 de junho de 2011

Resistência de Duboc dá combustível a pedidos da OAB

O estado de foragido em que se encontra o ex-diretor Financeiro da Assembleia Legislativa Sérgio Duboc, depois que o juiz Pedro Pinheiro Sotero decretou sua preventiva na quarta-feira passada, por envolvimento no escândalo da Assembleia Legislativa, pode ser o argumento que ainda faltava para justificar pedidos de prisão quando forem oferecidas as primeiras denúncias ao Poder Judiciário.
Até agora, os promotores de justiça que investigam as fraudes - Arnaldo Azevedo, Milton Menezes e Nelson Medrado - têm sido parcimoniosos ao tratar desse assunto, até mesmo para não espantar as lebres, como se costuma dizer quando o fator surpresa é essencial para êxito de alguma iniciativa.
Mas há dois fatos que vão pesar na balança.
O primeiro é o abaixo-assinado com a adesão de 25 mil pessoas que apoiam as manifestações encaminhadas pela OAB-PA ao Ministério Público, pedindo a prisão e o sequestro de bens de todos os envolvidos no escândalo.
O segundo é a fuga de Sérgio Duboc, alvo de um pedido de prisão formulado pelos três promotores, mas até agora não cumprido, porque o ex-diretor da Assembleia está em lugar incerto e não sabido.
A resistência de Duboc pode ser um fator que, no ato de oferecimento da denúncia, venha a ter algum peso para fazer com que os membros do MP peçam a prisão dos envolvidos, sob a justificativa, entre outras, de que poderiam furtar-se, eximir-se, esquivar-se da aplicação da lei penal, resultando em embaraços para a normal tramitação do feito.
Quanto ao pedido de sequesto de bens, ainda ressoa nos ouvidos e na lembrança de todo mundo - inclusive, é óbvio, dos três promotores - aquela revelação, digamos, lapidar do empresário José Carlos Rodrigues, ex-marido de Daura Hage, num bate-papo pra lá de relaxante e elucidativo com Duboc, segundo constam de gravações apreendidas pelo Ministério Público.
José Carlos, a certa altura do bate-papo, diz o seguinte ao interlocutor: "A Daura tem muito dinheiro guardado, Sérgio. Eu tenho certeza, porque antes de eu sair daquela casa [em Mosqueiro] eu fotografei malas e sacolas com dinheiro.”
E o MP, como já obteve a quebra dos sigilos de Suas Senhorias, poderá aferir com maior precisão se o que José Carlos disse é um fato ou se tudo não passa de queixumes de ex-marido ressentido.

4 comentários:

  1. Cadê a polícia que não localiza esse cidadão??????
    Senhor Governador, cobre dos seus funcionários a imediata prisão ordenada pelo juiz!

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  2. Sr blogueiro, tem político envolvido que está de mala arrumada. Com passaporte na mão. Qualquer sinal de fumaça vai empreender fuga. Tá na hora de prender e mandar engaiolar todas. A sociedade agradece.

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  3. O MPF deveria pedir a prisão dos envolvidos por sonegação fiscal, ja está comprovado.

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  4. O Diário de hoje, no RD, diz que o MP não tem "nenhuma prova" contra Juvenil e Couto, o que já está implícito que só os servidores serão punidos. O que eu já acho um avanço, fala sério. Depois é só o Lula que não via nada e não sabia de nada. A dinheirama escorendo pelo ralo e os presidente da ALEPA nem thum. Menos né, ou seria "menas"?

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