Este foi encomendado pela própria empresa construtora do prédio, a Real Engenharia, e não deverá ser divulgado.
Servirá à própria empresa, para se respaldar nas ações judiciais que inevitavelmente vai enfrentar.
As conclusões, já é possível saber, são idêntidas àquelas apontadas no laudo produzido por sete professores da Universidade Federal do Pará (UFPA), divulgado na última sexta-feira: apontam para erros de cálculo da estrutura do edifício, que não foi sustentada pelos pilares e veio abaixo depois da ventania que ocorreu durante um temporal, naquele início de tarde de 29 de janeiro passado.
A expectativa, agora, é para o laudo oficial, resultado dos levantamentos periciais feitos por técnicos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.
O laudo do CPC tem uma diferença em relação ao da UFPA.
O que foi produzido pelos sete professores da Universidade, contratados por várias entidades - entre as quais o Crea -, não levou em conta qualquer relato verbal de pessoas de alguma forma envolvidas com a obra.
O laudo do CPC, no entanto, vai considerar o teor de depoimentos que estão sendo colhidos no âmbito de inquérito policial presidido pelo delegado Rogério Moraes, diretor da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe).
Aliás, peritos do Centro de Perícias Científicas têm participado de todas as oitivas que têm sido colhidas no âmbito do inquérito, que também é acompanhado por representantes do Ministério Público.
Pergunta (im?)pertinente:
ResponderExcluirSerá que o CPC tem períto com experiência suficiente para fazer análises tão necessariamente complexas do cálculo estrutural?
Terá o CPC softwares de projeto e cálculos estruturais atualizados para compor e verificar modelo estrutural, cargas e dimensionamentos dentro das normas exigidas?
Na penúria em que sobrevive o CPC, sei não...
Se as conclusões do laudo do CPC forem diferentes do laudo produzido por professores especialistas, mestres e doutores em cálculo estrutural, resistência dos materiais e etc. aí sim que a engenharia civil paraense estará perdida. Sinceramente não creio que depoimentos colhidos de testemunhas farão qualquer diferença nas conclusões. Segundo reportagem foram realizadas simulações em computadores com base nos projetos e foram constatados os erros, além de ensaios de resistência do concreto e dos ferros utilizados na obra. E ao contrário do que pensam alguns, mesmo que o erro tenha sido do engenheiro calculista a Real Engenharia também é responsável civil e penalmente pela tragédia. Softwares sofisticados realizam hoje em dia todos os cálculos e simulação para um projeto de construção e os coeficientes de segurança num cálculo estrutural são em torno de 40%, imagine-se então o tamanho da "barberagem" se o erro houver sido de cálculo.
ResponderExcluirA construção correta - sem trocadilho - não seria "erros de cálculo derrubaram o edifício?"
ResponderExcluirSim, Anônimo.
ResponderExcluirVocê está certo.
Já está corrigido.
Obrigado.
Abs.
E os outros predios que foram calculados por este calculista ? Foram verificados seus projetos ? Estão dentro das Normas ? Ou estão trabalhando com o coeficiente de segurança ( o qual não deve ser utlizado, apenas no calculo ! ) ? O MPE e o CREA vão rever os calculos dos edificios ques estão em pé e possuem pessoas morando neles ? Ou vão todos ficar calados e REZAR para que não de outra ventania igual ou pior em Belém ???
ResponderExcluirSegundo o laudo apresentado e fervorosamente defendido pelo presidente do CREA-PA, a culpa pelo desastre caberia ao calculista da obra, responsável pelos cálculos estruturais da obra.
ResponderExcluirOk. Foi erro de cálculo. E agora?
Eu, como projetista econômico, sei que para realizarmos os cálculos financeiros dos projetos, recorremos a um método, a uma normatização técnica que, em geral, exige alguns procedimento comuns e outros específicos e de acordo com as especificidades de cada empreeendimento as variáveis vão sendo estabelecidas. Imagino que na engenharia esse procedimento não seja muito diferente, de maneira que o cálculo do "contraventamento" deva ser um dos procedimentos padrões para se chegar à composição final do projeto estrutural, de tal forma que "errar" nessa etapa é, no mínimo, muito amadorismo.
Independente dessa questão, o que preocupa mesmo é saber o que o CREA-PA, no alto de sua convicção, fará a respeito do assunto, não me interessa em especial saber qual a "punição" ao profissional e sim saber o que a entidade vai propor para que novas tragédias como essa não volte a ocorrer.
Entretanto a dúvida que fica é a seguinte:
SE, COMO AFIRMA O CREA-PA, O ENGENHEIRO CALCULISTA FOI RESPONSÁVEL POR UM ERRO PRIMÁRIO NESSA OBRA, TERÁ ELE COMETIDO O MESMO ERRO EM OUTRAS? QUE OBRAS SÃO ESSAS? OS CÁLCULOS SERÃO REVISTOS?
Será que o mesmo calculista não foi responsável por outras obras da Construtora Real e, nesse caso, o que fará a empresa?
Diante de toda a pertinência acostada ao comentário do Vicente, fica uma pergunta:
ResponderExcluirOnde anda o Ministério Público que ainda não agiu junto ao CREA, às Construtóras de Edifícios e outras instâncias mais, determinando-lhes a imediata reavaliação dos níveis de segurança de cada edifício (em regime de mutirão), para prevenir catástrofes ainda maiores,a começar pelos já habitados, se, de tudo, resta que A ENGENHARIA PARAENSE ESTÁ, ATÉ PROVA EM CONTRÁRIO, DESACREDITADA?
A resposta para essa pergunta, além de necessária para prevenir problemas funturos, se faz indispensável para fazer justiça quanto as edificações e seus respçonsáveis que, sem dúvida, gozam de isenção ao risco de dabamentos.
Com a palavra, p Ministério Público.
Copiar o exame da OAB seria uma boa para o CREA.
ResponderExcluirMas a prova não pode ser feita com máquina de calcular!