O pau cantou. Ou chegou muito perto de cantar.

Então é isso!
O pau torou.
Se não torou, esteve a ponto da torar.
Se torasse, alguém ia sentar a pua em alguém.
E levar a pua, quem sabe.
Foi logo depois do debate promovido pela TV Record entre Jatene e Ana Júlia, anteontem à noite, no Hangar.
Como contendores principais, os marqueteiros Orly Bezerra e Edson Barbosa, que conduzem, respectivamente, as campanhas do tucano e da petista.
Teve mais um contendor: um cinegrafista da campanha de Jatene.
O vídeo, exclusivo, foi postado no Blog do Bacana, ontem à noite.
E revela uma coisa interessante.
Lá pelas tantas, com os ânimos quase apaziguados, mas nem tanto, alguém grita: “Homofobia é crime”.
E repete: Homofobia é crime”.
É crime, sim.
Mas sabe-se lá por que gritaram isso. Confiram aí no vídeo.

ATUALIZAÇÃO ÀS 11H08

Da jornalista Ruth Helena Vieira, que trabalha na campanha da governadora Ana Júlia, em comentário deixado na caixinha.

Não gritaram homofobia e sim, xenofobia. Ou seja, o preconceito a quem é de fora. Lastimavelmente, de encontro à fama do paraense em tratar bem as pessoas de outro lugar. Eu, enquanto estive em Recife, trabalhando em campanha eleitoral, fui muito bem tratada e, graças a Deus, não fui discriminada. Outra coisa, quem foi agredido verbalmente foi Edson Barbosa, que foi xingado de "vagabundo" por um cara de camisa amarela, bigode e óculos (temos as cenas). O fato é que o responsável pela (competente) imagem de Ana Júlia não permitiu que ela fosse desrespeitada no final de um debate. Cada um sabe do seu espaço e não deveria, em tese, avançar sobre o do outro. Pergunto eu: e se fôssemos nós que filmássemos o Jatene chegando e dando entrevista, entrando no espaço reservado a ele no local do debate e dando coletiva após o debate? Seria, no mínimo, provocação, concordas? Isso a gente não aceita. E tem mais: pro próximo, vamos ficar mais cuidadosos ainda com o respeito à imagem e ao espaço da candidata.Saudações democráticas e um abraço.