quarta-feira, 7 de abril de 2010

“O patife é patife, o boi é boi”

Vejam aí na imagem acima.
Mostra parte de artigo recentemente publicado, da lavra do ex-deputado Jorge Arbage.
Ele começa dizendo que uma lenda dá conta de que na República Velha (1889-1930) um juiz do interior, ao condenar corruptos, terminava suas sentenças assim:

“Na minha vida de constante lei, boi é boi, ladrão é ladrão”.

Com todo o respeito que merece o ex-deputado, mas não é isso, não.
Em verdade, a frase não provém da República Velha.
Não.
Teve origem antes, bem antes.
Vem do Século XIX.
O autor é o cônego Batista Campos, jornalista e panfletário, um dos personagens mais destacados da Cabanagem, movimento revolucionário que ele, aliás, não teve a ventura de ver deflagrado, porque morreu um pouco antes.
Pois é.
Batista Campos tinha um jornal, “O Paraense”.
E o dístico, a divisa, o lema de jornal era assim:

“De circunlóquios nada sei.
O caso conto como o caso foi.
Na minha frase de constante lei,
O patife é patife; o boi é boi.”


Vai ver que esse lema ganhou tanta repercussão que chegou até a República Velha.
Pena que o tenham esquecido.
Mas que continua atual, sem dúvida que continua.

5 comentários:

  1. Paulinho, amigo.
    Você tem razão.
    A "sentença" é de Batista Campos.
    A propósito, passe lá em...
    www.oparaense.com.br e veja como você e seu talento estão nas páginas on line...
    Grande abraço de seu fã...
    Ronaldo Brasiliense

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  2. Anônimo7/4/10 13:45

    Prezado PB,

    Parabenizo-o pelo seu retorno e digo que tua ausência me fez sentir como alguém que precisa falar com o psiquiatra, mas este, como naquela piada de Wood Allen, saiu de férias, deixando todo mundo meio perdido...

    Não sei se sentistes falta do teu "espaço", mas sentimos (pelo menos, eu senti) tua ausência no nosso "espaço" (como disse, ficamos meio perdidos com tua ausência prolongada e, portanto, perdoa esse texto confuso! Eheheheheh!!!).

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  3. Grande amigo Ronaldo.
    Passarei lá, amigo.
    Forte abraço.
    Abs.

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  4. Anônimo7/4/10 22:21

    Paulo, não seria circunslóquios?

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  5. Não, Anônimo.
    Realmente, a palavra é "circunlóquio", conforme grafado na postagem.
    Abs.

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