Jatene no PMDB?

São cada vez mais insistentes os boatos – ou, se quiserem, as especulações – de que o ex-governador Simão Jatene, pré-candidato do PSDB ao governo do Estado, vai se filiar ao PMDB.
Se alguém, sobretudo jornalistas, indagarem sobre isso ao ex-governador, vão se deparar, provavelmente, com um riso, tendente para uma gargalhada do interlocutor, o que seria uma demonstração de que a pergunta é impertinente.
Pode até ser. Mas, em política, tudo é possível.
Ou na versão do deputado federal Gerson Peres (PP), cametaense e neo-anajulista, em política até boi avua.
O certo é que Jatene não tem qualquer resistência pessoal contra Jader Barbalho. Muito pelo contrário.
A vida pública de Jatene está umbilicalmente ligada a Jader, de quem foi auxiliar em seu primeiro governo, no início dos anos 1980.
Jatene, por seu discurso e por seus métodos de fazer política, afeitos à conciliação e a evitar confrontos que pode evitar recomposições futuras, não seria, portanto, um estranho tão estranho assim no PMDB.
A questão é saber quais são mesmo as disposições de Jader.
O sonho dele, todos sabem, é encerrar sua carreira política como senador.
O Senado é o sonho de consumo de Jader.
Mas há peemedebistas – e petistas também – que têm como inevitável a candidatura de Jader ao governo do Estado. Se essa hipótese vingar, não teria sentido especular sobre Jatene no PMDB, a menos que o ex-governador, é claro, optasse por disputar, por exemplo, o Senado.
Enquanto as especulações avançam, o senador Mário Couto (PSDB-PA) trabalha.
E trabalha muito.
Está mais do que decidido a bater chapa – a disputar – com Jatene para ser o candidato tucano ao governo do Estado, na eleição do próximo ano.
Convém esperar.