Reconduzido ao cargo de reitor da Universidade da Amazônia (Unama) por meio de liminar concedida no último final de semana pelo juiz da 6ª Vara Cível, Mairton Carneiro, o professor Édson Franco enfrenta a partir de hoje dois desafios - um imediato, outro a longo prazo.
O imediato: conduzir o processo final de inscrições para o vestibular da Unama.
O desafio a longo prazo: recompor o relacionamento, a convivência com seus sócios.
Em relação ao processo seletivo, os candidatos poderão se inscrever até a próxima sexta-feira, dia 7. Havia um grande e indisfarçável receio, em vários segmentos da Unama, de que as procelas internas deflagradas em setembro, a partir do momento em que o reitor se afastou do cargo, tivessem o potencial de desestimular inscrições, uma vez que os candidatos, em boa parte, não se arriscariam a ingressar numa instituição que estava sob o risco de ser vendida para outro grupo, com todas as conseqüências daí advindas.
Mas no último sábado, um dia depois de assumir o comando da Unama, Édson Franco, em conversa com o blog por telefone, mostrava-se otimista de que a Universidade alcançaria um número expressivo de inscrições. Chegou a mencionar com entusiasmo o grande número de visitas ao site de inscrições na internet, o que demonstra, segundo ele, que as divergências que perduram na cúpula da instituição não foram suficientes para abalar a boa aceitação da marca Unama.
Recomposição de laços pessoais
Quanto ao segundo desafio, Édson Franco terá de usar toda a sua habilidade para restabelecer laços pessoais mínimos que garantam uma convivência necessariamente civilizada com seus sócios.
Na carta publicada na primeira página da edição desta semana do Comunicado, o informativo interno da Unama, Édson Franco refere-se ao professor Antonio Vaz como “meu querido amigo”. Não se sabe se a recíproca é verdadeira. Não se sabe se o reitor teria disposição e ânimo para tratar da mesma forma os demais sócios e se estes, em contrapartida, ainda teriam condições de travar com ele um diálogo no mínimo respeitoso, ainda que frio e distante.
Na mesma carta, o reitor pede explicitamente que, daqui para a frente, “seja dado um ponto final em tudo quanto aconteceu”. É possível, mas será difícil. Na conversa que manteve no sábado com o reitor, o poster perguntou-lhe claramente:
- Como é que o senhor vai recompor as relações com seus sócios?
- Acho que eles têm um ideal em relação à Unama, como eu também tenho. É em relação a esse ideal que eu pretendo recompor isso tudo – respondeu o reitor.
Batalha judicial à vista
Há uma questão que não poderá ser desprezada nisso tudo: a possibilidade de uma batalha judicial a ser travada a céu aberto – já que o processo não é sigiloso – e que poderá levar a um grande desgaste em quaisquer esforços que sejam empreendidos para estabelecer uma trégua na cúpula da Unespa, a mantenedora da Unama, e por extensão uma trégua na própria Universidade.
É quase certo que os demais sócios da Unama vão recorrer da decisão que reconduziu o professor Édson Franco à reitoria. O recurso cabível para reformar a tutela antecipada – uma espécie de liminar – é um agravo de instrumento. No final de semana, circulou a informação de que o advogado Reinaldo Silveira foi constituído – ou será constituído – como o patrono da Unespa para tentar reformar a tutela que permitiu a recondução do reitor e terá como missão demonstrar que "deixar o cargo" significou "renunciar ao cargo".
O blog também indagou sobre isso a Édson Franco, no sábado passado, por telefone:
- E se houver recurso?
- Se for ajuizado um recurso, eu terei duas alternativas: ganhar ou perder. Seu eu ganhar, fico aqui [no cargo de reitor da Unama]. Se eu perder, vou para a minha casinha – informou o reitor.
A sorte está lançada.
Ou melhor: as sortes estão lançadas na Unama.
Tão notívago quanto você, vai aí uma questão:
ResponderExcluirSe o Prof. Edson diz que renunciou porque os socios decidiram a venda, não desmentida por eles, como ele fala em "recompor relações pelos ideais que eles têm em comum"?
O ideal deles todos, inclusive do Reitor é econômico e só isso!
A briga deles não é por ideal em relação à UNAMA. Se fosse, como explicar que ele continua comprando algumas escolinhas, como a FEAPA, Ipiranga e outras ??
Uma hora, a verdade vai aparecer, com ele na Reitoria em sua "casinha".
Viva a UNAMA e abaixo os tubarões do ensino superior particular.
Acho melhor ele já ir arrumando a sala e o quarto, a volta dele para sua "casinha" será breve.
ResponderExcluirCaro Amigo do Blog,
ResponderExcluirE com relação às notícias de compra da Feapa???
O que o Prof. Édson disse?
Obrigada
Nós da Feapa, ficamos aliviados, graças a Deus ele fica na Unama, não queremos esse problema entre nós.
ResponderExcluirFuncionários da Feapa.
Anônimo das 09:01,
ResponderExcluirNão cheguei a abordar esse assunto.
Foi um contato muito rápido.
Mas poderei fazê-lo ainda.
Abs.
Prof. Edson, seja "franco".
ResponderExcluirAcredito que a pergunta desse post foi respondida apenas agora...
ResponderExcluirquase um ano após o problema ter eclodido.