quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Garçonete é refém por uma hora no Guamá


No AMAZÔNIA:

Bando faz mulher refém
Bandidos usaram faca e gargalos de garrafa para ameaçar garçonete durante uma hora no Guamá

Usando gargalos de garrafa e uma faca, quatro homens renderam uma mulher durante aproximadamente uma hora, na noite de ontem. Os acusados estavam fugindo da polícia e de populares, e entraram em um bar localizado na rua Silva Castro, entre a avenida José Bonifácio e a Barão de Mamoré, bairro do Guamá. No local, por volta das 20 horas, eles fizeram refém a garçonete Antônia de Jesus Costa, de 28 anos. Cada um dos acusados estava de posse de um objeto, ameaçando a garçonete. Três deles tinham em mãos gargalos de garrafa e o outro segurava uma faca. Para liberar a vítima, os acusados pediram a presença de familiares e também da imprensa.
De acordo com o capitão da Ronda Tática Metropolitana (Rotam), Vicente Neto, a negociação foi nervosa porque os homens estavam muito tensos. Eles estavam com a vítima dentro do bar. Mesmo sob ameaça, Antônia conseguiu ligar para a irmã, Maria Ednalva Costa, e deu um recado. 'Ela pediu pra eu cuidar do filho dela porque ela estava como refém de bandidos', disse a irmã, momento antes de Antônia ser liberada. Segundo Maria Ednalva, Antônia trabalha como garçonete há dois anos no bar.
Após aproximadamente uma hora de negociação, os acusados entregaram os gargalos de garrafa e a faca e se entregaram, liberando a refém. A garçonete estava muito abalada, e no momento em que saiu do bar, abraçou logo a irmã. Depois que ela se acalmou, disse: 'Estou mais tranqüila, foi um grande susto. Eu tive muito medo, mas graças a Deus terminou tudo bem'.
Do lado de fora, dezenas de curiosos se aglomeraram para acompanhar a situação. Quando os acusados saíram, escoltados pela polícia, a multidão furiosa ultrapassou o cordão de isolamento feito pela Polícia Militar (PM) e tentou agredir o acusado, o que não foi permitido. 'A população deve tentar fazer justiça com as próprias mãos. De vítimas, podem passar a acusadas com estas atitudes', disse o capitãoVicente, da Rotam.
Antes de invadir o bar, o quarteto de acusados tentou assaltar o taxista Antônio Roberval Galvão. O taxista relatou que os acusados pediram uma corrida de táxi na avenida Augusto Corrêa, proximidades na avenida Perimetral. Eles disseram que iam pro Terminal Rodoviário, mas no meio do caminho ordenaram que o taxista mudasse a rota. Na altura da avenida José Bonifácio com a Paes de Souza, os homens anunciaram o assalto, apontando a faca para a vítima.
Neste momento, segundo o Roberval, um motoqueiro e outro taxista perceberam a ação e foram na direção do veículo. Assustados, os acusados saltaram do carro e saíram correndo em direção à Silva Castro. A polícia também passou a perseguir o grupo. 'Eles subiram a Silva Castro, mas perceberam que estavam fechados, pois a polícia estava na esquina da José Bonifácio. Foi então que eles retornaram e entraram no bar, fazendo a mulher como refém', contou o taxista, que está na profissão há 30 anos. Como estavam apenas com uma faca, três deles quebraram garrafas e usaram como arma. Do taxista, o bando ainda roubou cerca de R$ 50.
Outra garçonete do bar, Jaci da Silva, contou que a ação foi muito rápida. 'Eu estava sentada na frente do bar e a Antônia estava lá dentro. Eu vi quando eles (acusados) passaram correndo e depois voltaram. De repente, eles entraram no bar e seguraram a outra garçonete', relatou.
Presos, os quatro homens foram levados para a Seccional Urbana do Guamá. Eles foram identificados como Alex Édipo Pantoja, 18 anos; Robson Oliveira Nogueira, 18; Renan Torres Pinheiro, 18 e Ferdinando Gonçalves da Costa Júnior, 20 anos. Todos afirmaram que não têm passagens pela polícia.

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