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Airton Faleiro e Dilvanda Faro: eles explicarão de forma convincente, a seus eleitores, por que uniram-se a bolsonaristas para aprovar a PEC da bandidagem, que também restaura o voto secreto? |
Os deputados Airton Faleiro e Dilvanda Faro, do PT do Pará, juntaram-se a outros 10 companheiros da bancada federal do partido para votar favoravelmente à PEC da Blindagem, aprovada com ampla maioria, em primeiro turno, nesta terça-feira (16). Os demais 55 petistas votaram contra essa excrescência que, inclusive, restaura o voto secreto.
Durante as discussões da PEC, petistas foram pródigos em adjetivá-la, além de PEC da blindagem, como PEC da bandidagem, PEC da impunidade, PEC da vergonha, PEC do corporativismo, PEC dos golpistas e PEC dos criminosos, entre outras qualificações. Todas elas, a meu ver, muito, mas muito pertinentes.
Porque é uma imoralidade - sesquipedal, diria o velho Nelson - o Congresso ser o juiz dele mesmo, arrogando-se a prerrogativa de dar a última palavra sobre se seus membros podem ou não ser processados. Além de ser uma imoralidade redobrada ampliar-se a blindagem para favorecer, ora vejam só, até presidentes de partidos políticos.
Então, quanto aos adjetivos, os petistas estavam em consonância com o, digamos assim, sentimento geral.
Mas como atribuir credibilidade às críticas do PT, quando sete dos seus, incluindo os dois paraenses, alinharam-se aos apoiadores da PEC, entre eles bolsonaristas que hoje desfraldam a bandeira da anistia ampla, geral e irrestrita para favorecer excrementos como o golpista condenado Jair Bolsonaro, entre centenas de outros?
Para responder a essa indagação, não basta dizer que o governo liberou a base para que seus membros se posicionassem livremente. Essa alegação é incabível, porque essa PEC é um instrumento imoral para proteger parlamentar bandido.
Os petistas que votaram a favor ainda não estão convictos disso?
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