O promotor de Justiça Luiz Márcio Teixeira Cypriano, da Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial e da Tutela Coletiva da Segurança Pública de Belém, foi designado para acompanhar as investigações e atuar no inquérito policial decorrente decorrente da morte da juíza juíza Mônica Andrade Figueiredo de Oliveira.
O corpo de magistrada foi encontrado na manhã desta terça (17), dentro de um carro que estava no condomínio do condomínio Real Dream, na Travessa Três de Maio, em Belém. Quem encontrou o corpo foi o marido da vítima, o também juiz João Augusto de Oliveira Jr., que conduziu o cadáver até a Divisão de Homicídios da Polícia Civil, no bairro de São Brás.
A designação do promotor foi formalizada através de portaria (veja acima) assinada, no início da tarde, pelo procurador-geral de Justiça, Cesar Mattar. Para esclarecer os fatos, Cypriano poderá, segundo o ato do chefe do MP, "requisitar diligências, informações, exames, perícias, documentos, expedir notificações e intimações, realizar audiências, oitivas para colheitas de informações e esclarecimentos, requerer e acompanhar buscas e apreensões desde que deferidas por autoridade competente, instaurar Procedimento Investigatório Criminal e atuar até a sua fase final, em tudo respeitados os direitos e garantias que assistem as pessoas envolvidas."
Contradições - A juíza Mônica Oliveira era paraibana, mas exercia a jurisdição no município de Martins, no Rio Grande do Norte, e vinha a Belém com frequência, para se encontrar com o marido.
Em seu site, o jornal Tribuna do Norte, de Natal (RN), informou que João Augusto, ao registrar a ocorrência na polícia, disse que o casal teve uma briga na noite anterior, por volta das 22h30 e, devido à discussão, Mônica teria ido embora, afirmando que viajaria de volta ao Rio Grande do Norte. Na manhã desta terça-feira, ainda segundo o relato do juiz, ele teria descido para trabalhar às 6h40 e levado a chave reserva, já que não havia encontrado a outra chave do veículo. Ao chegar ao carro, percebeu que a mulher estava morta.
Essa versão, no entanto, está sendo contraditada em pontos essenciais. O portal de O LIBERAL informou que a administração do condomínio Rio Miño nega que a juíza tenha morrido no local. O condomínio disse ainda que o juiz não mora no local há cinco anos e que também não há registro da entrada dele recentemente. A juíza não era conhecida por nenhum dos funcionários do condomínio. Posteriormente, foi confirmado que o carro onde o corpo foi encontrado estava no estacionamento do edifício Real Dream.
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