quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Pará também na rota de operação que prendeu primo de Alcolumbre no Amapá. Agora, André Mendonça que se cuide.

Isaac Alcolumbre: prisão pode reforçar ainda mais as motivações do primo Davi para não
pautar a sabatina de André Mendonça na Comissão de Constituição e Justiça no Senado

André Mendonça, o terrivelmente evangélico indicado pelo Mitômano para ocupar a vaga de Marco Aurélio Mello no STF, agora deve ter motivos em dobro para acreditar que sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado seguirá mofando na gaveta.
Há cerca de três meses que a tramitação do processo na CCJ está encruada. Não anda nem desanda. Não ata nem desata. Não vai nem vem. Está paradíssima, por conta da resistência do presidente da Comissão, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que não engole a indicação de Mendonça e trabalha por Augusto Aras, o atual PGR.
A situação de Mendonça pode ter piorado na manhã desta quarta (20), quando a Polícia Federal do Amapá desfechou a maior operação de combate ao narcotráfico da história do estado a prendeu ninguém menos que Isaac Alcolumbre, ex-deputado estadual e primo do senador. Na casa do suspeito, a PF encontrou grande quantidade de dinheiro, "que ainda está sendo contada".
Isaac Alcolumbre, segundo a Polícia Federal, seria dono de um aeródromo certificado por onde transitariam aviões do tráfico internacional de drogas provenientes da Venezuela e da Colômbia. Estão sendo cumpridos 73 mandados - 24 de prisão e 49 de busca e apreensão - em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pará (Belém e Ananindeua), Mato Grosso do Sul, Amazonas, Ceará e Piauí.
A própria Polícia Federal já informou que Davi Alcolumbre não é investigado na operação, denominada de Vikare. E muito menos pode-se dizer que ele é responsável por eventuais condutas delituosas de parentes seus.
Mas é inegável que a prisão de seu primo poderá inflar ainda mais as motivações do senador para deixar no forno - ou na gaveta, se quiserem - a indicação de André Mendonça para o Supremo, sob a justificativa de que a operação da PF seria "perseguição" ou uma tentativa de intimidação do (des)governo Bolsonaro.
Não é isso que dizem, normalmente, políticos submetido a um nível pressões semelhante ao que está sendo submetido o senador amapaense?
Então, continuemos acompanhando atentamente os passos de Alcolumbre - não o primo, mas o próprio senador.

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