domingo, 5 de setembro de 2021

CNBB alinha-se aos que se repugnam com o discurso de Bolsonaro, que tenta solapar a democracia

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já deixou claramente explícito que a Igreja Católica rejeita enfática e solenemente quaisquer manifestações que pretendam, explícita ou implicitamente, fragilizar as instituições e, em consequência, solapar os pilares da própria democracia.

Num vídeo que até o início da tarde deste domingo já conta com mais de 50 mil visualizações, o presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, faz um apelo à concórdia ("somos irmãos inclusive daqueles com quem não concordamos"), manifesta sua preocupação com o "sentimento de raiva e intolerância" que domina o País, deplora quem incentiva o armamento da população (é o caso do Mitômano, que defende comprar fuzil, em vez de feijão) e exorta a adoção de políticas públicas que voltem sua atenção para as minorias (inclusive os índios, tidos como um estorvo pelo governo Bolsonaro).

Sobre as manifestações programadas para 7 de Setembro, dom Walmor registra uma advertência contundente. "Não se deixe convencer por quem agride os poderes Legislativo e Judiciário. A existência de três poderes impede o totalitarismo, fortalecendo a liberdade de cada pessoa. Indendentemente de suas convições político-partidárias, não aceite agressões às instituições que sustentam a democracia. Agredir, eliminar, hostilizar, ignorar ou excluir são verbos que não combinam com uma democracia que busca cada mais se consolidar", afirma o bispo.

Vejam, no vídeo, a íntegra da mensagem do presidente da CNBB.

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