sexta-feira, 23 de abril de 2021

Wajngarten, o fio desencapado do governo Bolsonaro, enfrenta reação de marqueteiro paraense


O Ministério da Saúde do governo Bolsonaro é um eterno parquinho pegando fogo. Quando as chamas parecem diminuir, vem alguém tentar apagá-las com um galão - ou vários galões - de gasolina.
Os novos galões de gasolina que elevam ainda mais as chamas no parquinho do Ministério da Saúde estão contidos na reportagem de capa da revista Veja, que está com sua nova edição disponível desde a noite de quinta-feira (22), quebrando a praxe de circular apenas nas manhãs de sexta.
Na reportagem exclusiva, o ex-secretário de Comunicação do Planalto Fabio Wajngarten, agora uma espécie de fio desencapado do desnorteado governo Bolsonaro, responsabiliza diretamente o Ministério da Saúde pelo atraso das vacinas e conta que o general Pazuello, então ministro da Saúde, foi demitido após rumores de que seria preso.
Wajngarten, manhosamente, não atribui as culpas nominalmente a Pazuello, mas joga pesado contra sua equipe, acusando-a de portar-se com "incompetência" e "ineficiência". A revista pergunta ao ex-titular da Secom: "O senhor está se referindo ao ex-mi­nistro Eduardo Pazuello?". Ao que Wajngarten responde: "Estou me referindo à equipe que gerenciava o Ministério da Saúde nesse período."
Reação -
A acusação genérica de Wajngarten - que também, é claro, poupa nominalmente de críticas o presidente da República - está inflamando os ânimos de membros da equipe do ex-ministro da Saúde, que já começam a acionar seus trombones nas redes sociais.
Um deles - ou, quem sabe, o primeiro deles - é o paraense Marcos Eraldo Arnoud Marques, profissional em marketing, que profissionalmente se identifica como Markinho Show e se envolveu em algumas polêmicas - inclusive com jornalistas -, quando esteve à frente da chefia de Comunicação de Pazuello.
Em seu perfil no Twitter, Markinho Show revela (veja na imagem acima) que teria recebido de Wajngarten uma ordem para castigar financeiramente a Globo e restringir o acesso de Pazuello à emissora. "Claro que não fiz o que ele pediu. Não aceitaria uma ordem desqualificada e inútil. Fiz tudo ao contrário", garante o marqueteiro em postagem no Twitter.
Na entrevista à Veja, Wajngarten mostra-se disposto a comparecer perante a CPI da Pandemia para contar tudo o que sabe a respeito do atraso na compra de vacinas da Pfizer. "Estou tranquilo, se necessário, posso esclarecer tudo isso à CPI", reforça o ex-secretário.
Pelo visto, e dependendo da altura das chamas que vão consumindo o parquinho do Ministério da Saúde, é possível que outros também estejam dispostos a vomitar tudo o que sabem contra Wajngarten.
Que venham mais chamas.
Só assim ficaremos sabendo, agradecidos, a quantas anda o potencial de destruição do governo Bolsonaro, o mais predatório em 500 anos de história do Brasil.

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