segunda-feira, 26 de abril de 2021

Em Oriximiná, briga entre prefeito e "Chato" não pode limitar-se apenas a facão, berros e acusações

Continua viralizando, aí pelas redes sociais, esse vídeo em que o prefeito de Oriximiná, William Fonseca, estrebucha diante da delegacia de polícia da cidade contra um homem identificado por ele como sendo Joeilson Damião, o Chato.

Há uma infinidade de versões, nas redes sociais, sobre as motivações da briga entre o gestor e o suposto agressor, reconhecidamente ligado à família Ferrari, que tem entre seus membros Ângelo Ferrari, o candidato derrotado por Fonseca nas últimas eleições.

Mas duas coisas são certas e deveriam, objetivamente, merecer apuração, eis que vociferadas pelo prefeito de um município.

A primeira: se houve crime de ameaça, e não importa qual a motivação, convém que a polícia instaure inquérito, apure e o conclua. Depois disso, se a polícia não divulgar o resultado, o próprio gestor bem que poderia fazê-lo.

A segunda: as denúncias de que a polícia sediada no município tem à frente um delegado "corrupto" e "bandido", que estaria extorquindo empresários, mereceria que o próprio prefeito representasse junto ao Ministério Público para requisitar as devidas investigações.

Se não fizer isso, William Fonseca estimulará a versão que seus adversários também estão espalhando pelas redes sociais: a de que toda essa confusão, gravada, filmada e difundida publicamente, não teria passado de um bate-boca por motivos fúteis.

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