Digam vocês aí, crianças cinquentonas ou sessentonas.
Mas digam sinceramente.
Quem de vocês, alguma vez, não dançou, não namorou, não flertou ou não sonhou ao som de alguma canção - uma que seja - do Roupa Nova?
Quem de vocês, alguma vez, não chorou - ou pelo menos chegou perto de chorar - de amor ou de dor ouvindo alguma música do Roupa Nova?
Quem de vocês, alguma vez, já não se flagrou cantarolando - no banheiro ou fora dele - pelo menos um trecho de qualquer música do Roupa Nova?
E como pensar no Roupa Nova, nas suas canções, no lirismo e na ternura de todas elas, sem pensar no Paulinho?
Sua morte, aos 68 anos, vítima dessa doença horrível, é mais um golpe nos nossos corações, já tão abalados, tão castigados e esmagados sob o peso de tantas perdas de pessoas queridas e íntimas da gente.
Íntimas como Paulinho.
Sim, ele nos era íntimo, porque assim nos parecem nossos ídolos.
Tendo sido íntimo, sua partida deixa uma enorme saudade para cultivarmos e dela fazermos florescer alguma esperança de dias melhores.
Como a esperança que brota dos versos de Canção de Verão.
É verão / Bom sinal / Já é tempo / De abrir o coração / E sonhar.
Meu Deus!
Tomara que, logo, logo, venha o verão e brilhe o sol.
Para que possamos abrir nosso coração e sonhar.
Como cantou o Roupa Nova.
Como Paulinho tantou cantou.
"Vai! E avisa todo mundo que encontrar, que existe ainda um sonho pra sonhar e que o amor não acabou, Vai! E espalha a novidade pelo ar que ela torne o mundo todo azul e que seja tudo amor". Vai com Deus Paulinho!!
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