Com o mandato cassado desde 30 de abril, o deputado Iran Lima teve rejeitados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por unanimidade, na noite desta terça-feira (2), embargos de declaração com pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário impetrado contra a decisão da Corte que indeferiu o registro de sua candidatura.
Se o pedido apresentado por Iran Lima fosse acolhido,
seria tornada temporariamente sem efeito a decisão que lhe cassou o mandato,
até o julgamento do recurso extraordinário pelo Supremo, caso, é claro, o recurso
seja admitido pelo TSE.
A reunião do TSE durou pouco mais de duas horas.
Observe no vídeo o momento em que começa, sob a relatoria do ministro Luiz Edson
Fachin, o julgamento dos segundos embargos de declaração interpostos pela
defesa de Iran Lima. É isso mesmo: ele já havia apresentado os primeiros embargos,
que foram rejeitados. Inconformado, apresentou mais estes, os segundos
embargos, que foram apreciados ontem e igualmente rejeitados.
Num voto sucinto, Fachin fundamentou que a
defesa de Iran Lima repetiu argumentos tentando rediscutir a apreciação do
mérito da causa. Mas isso não pode ocorrer por meio de embargos, um tipo de
recurso que só deve ser manejado quando houver omissão, obscuridade ou
contradição no acórdão.
No dia 26 de maio, a ministra do STF Cármen
Lúcia já havia indeferido uma petição, com requerimento de tutela provisória, ajuizada pelo parlamentar,
objetivando obter efeito suspensivo a recurso extraordinário interposto contra
acórdão proferido pelo TSE que ainda aguarda juízo de admissibilidade.
“Este
Supremo Tribunal assentou não ser competente para atribuir efeito suspensivo a
recurso extraordinário pendente de juízo de admissibilidade. Esse entendimento
foi consolidado com a edição da Súmula n. 634, a qual dispõe: ‘Não compete
ao Supremo Tribunal Federal conceder medida cautelar para dar efeito suspensivo
a recurso extraordinário que ainda não foi objeto de juízo de admissibilidade
na origem’”, escreve a ministra.
Diploma emitido para o suplente
O Espaço Aberto já informou que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE)encaminhou no dia 15 de maio passado, à Assembleia Legislativa do Pará,
ofício assinado por seu presidente, desembargador Roberto Moura, informando que
já emitiu o diploma para que o deputado Ozório Juvenil (MDB), na condição de
primeiro suplente da legenda, entre no exercício do mandado no lugar de Iran
Lima.
Cassado à unanimidade pelo TSE, por ato doloso de improbidade administrativa, que mereceu condenação do Tribunal de Contas da União (TCU), o parlamentar continua participando normalmente das sessões virtuais da Alepa.
Tão logo teve seu registro indeferido pelo TSE, e depois dos segundos embargos que impetrou terem sido rejeitados, o Tribunal comunicou o TRE para providências. Diante disso, foram feitos todos os procedimentos de retotalização, que ocorreu no dia 15 de maio. Os novos resultados, inclusive, já estão no site do TRE.
Por
meio de sua Assessoria de Imprensa, o TRE esclareceu ao Espaço Aberto que, como o
indeferimento do registro da candidatura de Iran Lima ocorreu após as eleições,
a legislação determina que os votos dele sejam aproveitados pelo
partido/coligação.
Por
isso, na prática, houve a invalidação dos votos dele para si (ele ficou
zerado), mas sem alteração de quociente ou distribuição de vagas.
O QUE ESTÁ FALTANDO DE FATO PARA ESTE DEPUTADO DEIXAR O CARGO E SEJA LA QUEM FOR O SUPLENTE ASSUMIR?
ResponderExcluirSimplesmente Inadmissível o que esta acontecendo, nossa politica esta cada vez pior. Quantos recursos ainda vão ser usados para protelar o que ja foi decidido? No mínimo a presidência da Assembleia deveria ter afastado o envolvido das atividades parlamentares.
ResponderExcluirSeria bem interessante o nobre deputado revelar quanto custa manter renomados advogados, que não costumam fazer caridades, em termos de reais (meio de pagamento vigente no BR), para os seus eleitores precisam colaborar para o ilustre defensor dos fracos pobres e oprimidos.
ResponderExcluirAssembleia aprovou recentemente um empréstimo milionário, alguém ainda acredita que ele vai sair do mandato?
ResponderExcluirUma pessoa que pode explicar o que está acontecendo é o Deputado Dr Daniel, pois ele é o presidente da casa, mas posso dizer que o deputado cassado tem ombros largos com quem está no poder.
ResponderExcluirO prazo de defesa do então Deputado Iran Lima, segundo informou em uma rede social o presidente da casa que seguiria o Rito, conforme Constituição do Estado e Regimento interno da Assembleia, terminaria no último sábado, porém deve terminar na próxima segunda feira ja que sábado não é considerado dia útil, será que haverá novidades essa semana? Fica a sugestão para quem está acompanhando.
ResponderExcluirOi, Paulo Junior.
ResponderExcluirPodes passar aqui o link da rede social em que o presidente da Alepa se manifestou?
Bom dia, o Presidente se pronunciou no Instagran @doutordanielsantos no dia 25 de maio em uma postagem sobre o lockdow, ele foi questionado nos comentários por alguns seguidores, ele informou que seguiria o Rito processual conforme Constituição do Estado e Regimento Interno, la ele cita os Art. e Paragrafos.
ResponderExcluirPerfeito.
ResponderExcluirObrigado.