O estado do Pará vive uma explosão – de grandes
megatons, vamos e convenhamos – de casos e óbitos por coronavírus Covid-10
neste mês de maio, confirmando todas as previsões anteriores, feitas pelo
próprio governo Helder Barbalho, de que este mês seria o pico da pandemia.
O próprio lockdown, decretado pelo governo do
estado, primeiramente em Belém e 15 municípios, confirmam as dimensões do
avanço da doença, uma vez que tal medida, considerada extrema, não seria
adotada se os números estivessem em baixa.
Vejam acima todos os boletins da Sespa, dia a
dia, relativos apenas a este mês de maio. Conforme o último boletim, divulgado
há pouco, o estado emplacou 17.177 casos confirmados de Covid-19, com um total de
1.554 óbitos. O levantamento compreende desde o dia 1º de abril, quando se
registrou o primeiro óbito no Pará por Covid-19, até esta terça-feira (19).
Mas os números desses 19 dias de maio
impressionam (observe o quadro acima)
pelo crescimento da doença de forma avassaladora. Nas últimas 24 horas, foram
registrados nada menos de 1.710 novos casos, com 162 óbitos, um recorde até
agora. O número de pacientes que já morreram apenas neste mês (1.330) equivale
a 85,5% do total de óbitos registrados desde abril. E o número de casos
confirmados, 14.178, representa 82,5% do total de novos casos.
Os números compilados pelo Espaço Aberto demonstram ainda que, na primeira semana de maio, dos
dias 1 a 7, foram infectadas 2.936 pessoas (média de 419,4/dia), enquanto 264 morreram
(média de 37,2/dia). Na segunda semana, esses números saltaram, respectivamente,
para 5.544 novos casos (792/dia) e 607 mortes (86,7/dia). E agora, na terceira
semana (ainda não completada, vale dizer), já são 459 morte (91,8/dia) e 5.698
infectados (1.139/dia).
Mandetta
x Mandetta
Essa explosão de casos em todo o território
paraense precisa ser considerada quando se tomam como referência as declarações
do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que passou por Belém nesta
segunda-feira (19).
Em entrevista
à TV Liberal, ele disse: “Parece que vocês passaram por um pico há três
semanas atrás (sic), estabilizaram e estão com uma tendência de queda. Isso a
gente vai vendo no dia a dia, né? No número de pressão de leitos. Eu gosto
sempre de olhar no número de pessoas que estão no hospital, no número de
pessoas que estão internadas. Acho que esses são números são mais absolutos”.
Uns dias antes, em entrevista à jornalista Leda
Nagle, Mandetta afirmara que o
epicentro da Covid-19 se deslocaria de Manaus para Belém.
Como
se vê, em poucos dias, Mandetta
desmentiu Mandetta. Resta saber se, além dos números de Belém, o
ex-ministro conheceu os números relativos ao interior do estado, para onde,
conforme apontam os boletins da própria Sespa, o pico da doença avança de forma
assustadora, como demonstram boletins oficiais da própria Sespa.CLIQUE NESTE LINK PARA LER TODAS DAS POSTAGENS SOBRE A COVID-19
Correndo-se o risco da pandemia Covid-19 sair de controle, conforme demonstram os números de cidadãos infectados e morrendo, no entanto, para o Mito, a pandemia só existe naquele Brasil que está na dimensão do mundo do faz-de-conta, e não o sensibiliza no mundo real. Insensível, só pensa e age em função da reeleição em 2022 e evitar que fios de meadas sejam puxados e cheguem até ele.
ResponderExcluirOntem, em live, o autointitulado doutor Mito receitou, “Quem é de direita toma cloroquina e quem é de esquerda toma Tubaína”. Loucura é pouco.
De nada adiantará desabafos e acusa-lo de demagogo, hipócrita e aloprado. Em casos assim, só o impeachment resolve