terça-feira, 19 de maio de 2020

A explosão de casos da Covid-19 no Pará: de ontem para hoje, 162 mortes. Em 24 horas, 1.700 novos casos. Em apenas 19 dias, 14,1 mil mais infectados.


O estado do Pará vive uma explosão – de grandes megatons, vamos e convenhamos – de casos e óbitos por coronavírus Covid-10 neste mês de maio, confirmando todas as previsões anteriores, feitas pelo próprio governo Helder Barbalho, de que este mês seria o pico da pandemia.
O próprio lockdown, decretado pelo governo do estado, primeiramente em Belém e 15 municípios, confirmam as dimensões do avanço da doença, uma vez que tal medida, considerada extrema, não seria adotada se os números estivessem em baixa.


Vejam acima todos os boletins da Sespa, dia a dia, relativos apenas a este mês de maio. Conforme o último boletim, divulgado há pouco, o estado emplacou 17.177 casos confirmados de Covid-19, com um total de 1.554 óbitos. O levantamento compreende desde o dia 1º de abril, quando se registrou o primeiro óbito no Pará por Covid-19, até esta terça-feira (19).
Mas os números desses 19 dias de maio impressionam (observe o quadro acima) pelo crescimento da doença de forma avassaladora. Nas últimas 24 horas, foram registrados nada menos de 1.710 novos casos, com 162 óbitos, um recorde até agora. O número de pacientes que já morreram apenas neste mês (1.330) equivale a 85,5% do total de óbitos registrados desde abril. E o número de casos confirmados, 14.178, representa 82,5% do total de novos casos.
Os números compilados pelo Espaço Aberto demonstram ainda que, na primeira semana de maio, dos dias 1 a 7, foram infectadas 2.936 pessoas (média de 419,4/dia), enquanto 264 morreram (média de 37,2/dia). Na segunda semana, esses números saltaram, respectivamente, para 5.544 novos casos (792/dia) e 607 mortes (86,7/dia). E agora, na terceira semana (ainda não completada, vale dizer), já são 459 morte (91,8/dia) e 5.698 infectados (1.139/dia).

Mandetta x Mandetta
Essa explosão de casos em todo o território paraense precisa ser considerada quando se tomam como referência as declarações do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que passou por Belém nesta segunda-feira (19).
Em entrevista à TV Liberal, ele disse: “Parece que vocês passaram por um pico há três semanas atrás (sic), estabilizaram e estão com uma tendência de queda. Isso a gente vai vendo no dia a dia, né? No número de pressão de leitos. Eu gosto sempre de olhar no número de pessoas que estão no hospital, no número de pessoas que estão internadas. Acho que esses são números são mais absolutos”.
Uns dias antes, em entrevista à jornalista Leda Nagle, Mandetta afirmara que o epicentro da Covid-19 se deslocaria de Manaus para Belém.
Como se vê, em poucos dias, Mandetta desmentiu Mandetta. Resta saber se, além dos números de Belém, o ex-ministro conheceu os números relativos ao interior do estado, para onde, conforme apontam os boletins da própria Sespa, o pico da doença avança de forma assustadora, como demonstram boletins oficiais da própria Sespa.

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Um comentário:

  1. Correndo-se o risco da pandemia Covid-19 sair de controle, conforme demonstram os números de cidadãos infectados e morrendo, no entanto, para o Mito, a pandemia só existe naquele Brasil que está na dimensão do mundo do faz-de-conta, e não o sensibiliza no mundo real. Insensível, só pensa e age em função da reeleição em 2022 e evitar que fios de meadas sejam puxados e cheguem até ele.

    Ontem, em live, o autointitulado doutor Mito receitou, “Quem é de direita toma cloroquina e quem é de esquerda toma Tubaína”. Loucura é pouco.

    De nada adiantará desabafos e acusa-lo de demagogo, hipócrita e aloprado. Em casos assim, só o impeachment resolve

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