Rolou, rolou, rolou, até que uma prisão já foi
feita.
Em abril 2017, Fernando Reis, executivo da
Odebrecht e um dos íntimos das operações do denominado Departamento de Propinas
da Odebrecht, delatou à força-tarefa da Lava-Jato que Helder Barbalho, hoje
governador do Pará e àquela altura o ministro da Integração Nacional do governo
Temer, Helder Barbalho, recebeu 1,5 milhão da companhia.
"A combinação de pagamento ocorria sempre
com o senhor Luiz Otávio", diz o delator, referindo-se ao ex-senador Luiz
Otávio Campos, o Pepeca. Confirma no vídeo acima, que está disponível aí no
YouTube, pra quem quiser ver.
Reis menciona claramente não apenas o telefone e
o endereço de Luiz Otávio e o endereço de um hotel, em São Paulo, onde se
reuniram o diretor-superintendente da Odebrecht, Mário Amaro, o então candidato
ao governo do Pará, Helder Barbalho, o prefeito de Marabá, João Salame, e o
então candidato ao Senado, Paulo Rocha (PT-PA).
De acordo com a Procuradoria Geral da República,
os repasses a Helder Barbalho foram feitos como “contrapartida a interesses do
grupo Odebrecht no Estado do Pará, notadamente na área de saneamento básico,
espaço em que a empresa almejava atuar como concessionária.”
E assim foi.
Hoje, quase dois anos depois, Pepeca está
temporariamente na cadeia, depois que a Polícia Federal deflagrou a Operação
Fora do Caixa, referência ao recebimento de recursos eleitorais não
contabilizados.
Na manhã desta quinta-feira (9), por
determinaação da 1ª Vara da Justiça Eleitoral, a PF cumpriu seis mandados de
busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária em Belém, Palmas (TO) e
Brasília.
Durante a investigação foram encontrados
indícios que pelo menos um dos pagamentos foi realizado em endereço ligado a
parentes do ex-senador Luiz Otávio citado pelos executivos. Os crimes sob
investigação são de falsidade ideológica eleitoral (Caixa 2), formação de
quadrilha e lavagem de dinheiro.
A investigação começou no Supremo Tribunal
Federal, mas houve declínio de competência para Justiça Eleitoral em Belém, que
o STF entendeu como a competente para processar e julgar crimes comuns em
conexão com crimes eleitorais.
E Helder?
A Polícia Federal chegou a pedir busca e
apreensão na casa dele, mas a Justiça Eleitoral negou, por não encontrar
elementos concretos de materialidade que justificassem a diligência.
O Governador esta solto, Pepeca já esta solto tâmbem, esta é a justiça que temos quando as pessoas são "graúdas". Penso que não deveriam investigar nada, pois na pior das hipóteses estes infratores comtam com o Gilmar para liberar este tipo de bandidos.
ResponderExcluirQuem tem dinheiro não fica preso, este bandido foi preso ao amanhecer e a tardinha já estava solto. Que justiça é esta e não foi o Gilmar que soltou!
ResponderExcluirO governador paraense pretende ser um ilusionista, tenta passar uma imagem que não tem. Tentou se desvincular de seu pai, que carrega um fardo de corrupção, mas não conseguiu por conta de sua pessoa está manchada pela Lavajato. E como explicar ter uma casa em um condomínio tradicional e cuja renda, como prefeito de uma cidade, não daria para adquirir tal imóvel? A não ser que tenha recebido uma herança.
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