terça-feira, 28 de janeiro de 2020

No MEC, a bagunça "imprecionante" impera em meio ao deboche

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Essas lambanças do MEC em relação ao Enem/Sisu revelam, nua e cruamente, a bagunça que se tornou a gerência do setor de ensino do governo federal sob a era deste governo desastroso - e por que não malévolo - de Jair Bolsonaro.
Não bastasse a confusão na correção de provas do Enem, que resultou em decisão da Justiça Federal de São Paulo, suspendendo a divulgação da lista do Sisu, temos ainda outra doideira: o acesso de estudantes à dita relação que não poderia ser divulgada.
Enquanto isso, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, segue na mesma toada: o do deboche, do respeito, das agressões gratuitas e das performances ridiculamente imprecionantes.
Não à toda, a Comissão de Ética da Presidência da República aplicou a pena de advertência a Weintraub, por ter comparado os ex-presidente Lula e Dilma à cocaína encontrada em avião da FAB que integrava a comitiva de Bolsonaro durante viagem a Osaka, no Japão, no ano passado.
Em seu voto, acolhido à unanimidade pela Comissão, o relator, Erick Vidigal, diz que o ministro da Educação não pode ser "uma autoridade impulsiva, destemperada, que ofende quem quer que critique ou questione o seu trabalho, seja cidadão ou autoridade".
Para Vidigal, Weintraub usa a “visibilidade que o cargo público lhe dá para ampliar a divisão existente atualmente na sociedade brasileira, incitar o ódio, a agressividade, a desarmonia, em total afronta ao que dispõe o preâmbulo da Constituição Federal e o CCAAF”.
Acrescenta Vidigal: “O Brasil precisa de união, de transparência, de solidariedade, enfim, precisa de uma liderança que o retire da quadra atual, caracterizada pelo ódio nas redes sociais, pela falta de educação generalizada, pelas fake news e pela utilização da máquina pública para a elaboração de dossiês mentirosos com o intuito de ofender a reputação das pessoas ou mesmo de prejudicá-las com demissões descabidas ou com a exposição pública.”
Toma-te!
Ou então, repetindo Weintraub, imprecionante!

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