sábado, 6 de julho de 2019
Se o Capitão não se cuidar, só terá os votos dos zeros. Dos três zeros.
Estamos combinados, então.
O Capitão, de quepe, batendo continência e de língua destrambelhada, já é candidato à reeleição em 2022.
Com seis meses de mandato, já anunciou praticamente que é candidato, muito embora tenha chegado à presidência dizendo que só ficaria quatro anos.
Essas promessas quebradas, eu imaginava que fossem coisa apenas de espécimes da velha política, aquela que o Capitão, esse puro e imaculado, abomina e estigmatiza todo dia, o dia todo.
Mas não.
Gigantes imaculados da dita nova política, como o Capitão imagina que ele é, também quebram promessas sob os impulsos da sede pelo poder.
Eles se imaginam como guias, assim como os ditadores comunistas e fascistas se julgavam e, para tanto, jamais hesitaram em adotar práticas liberticidas para manter seus podres poderes.
Agora, uma coisa é anunciar-se candidato.
Outra coisa, muito diferente, é reeleger-se.
Quando a isso, o Capitão precisa ficar de olho, digamos assim, nos humores populares, como a última pesquisa do Ibope, que aponta nada menos de 32% de rejeição a seu governo.
Nessa toada, vai conseguir apenas os votos dos zeros - o 01, 02 e 03.
Se tanto.
Pior são os zeros à esquerda.
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