quarta-feira, 31 de julho de 2019

E a próxima matança em presídios, como evitá-la?

Resultado de imagem para matança altamira

Que os presídios brasileiros são um barril de pólvora não propriamente prestes a explodir, mas que explodem a toda hora, isso todo mundo sabe.
Que o sistema penitenciário do Pará, em sintonia com o panorama geral, está apodrecido há trocentos anos, isso também todo mundo sabe.
Que facções criminosas dominam os presídios brasileiros, isso igualmente é de sabença geral.
O que assusta é que, entra governo, sai governo – tanto no âmbito federal como nos estados, sem exceção -, e o Poder Público continua agindo por impulsos, sob a sofreguidão das urgências e emergências que ocorrem no setor da Segurança Pública. E tudo continua como dantes.
Agora mesmo, depois dessa matança de 58 presos na penitenciária de Altamira, além de quatro detentos que morreram sufocados quando eram transportados para Belém (ocorrência ainda não totalmente esclarecida), o Ministério da Justiça decreta intervenção no sistema penitenciário estadual, segundo portaria editada nesta terça-feira (30).
Resta como é que está vai se estruturar a vigilância e a custódia dos presos em outros presídios do estado, para evitar que fatos do gênero aconteçam.
Porque, se é certo que as autoridades da área de Segurança Pública já previam o confronto entre facções, é certo que de nada adianta prever confrontos, se eventuais medidas capazes de evitá-los mostram-se ineficazes.
E daí nunca se sabe, por exemplo, se há condições de evitar o próximo confronto. E a próxima matança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário