Convenhamos: o vazamento, em reportagens do The
Intercept Brasil, das conversas entre Sergio Moro, quando ainda era
juiz, e procuradores que atuam na Lava Jato, são realmente devastadoras.
São devastadoras sobretudo para o hoje ministro
de Bolsonaro e para os que sempre sustentaram a tese de que o Ministério
Público - pelo menos no caso do triplex do Guarujá, que resultou na condenação
e posterior prisão de Lula - tinha carradas e toneladas de convicção, mas pouca ou nenhuma prova.
Moro, com inocultáveis (ainda que pretenda
ocultá-las) pretensões de chegar ao Supremo, expõe-se agora à sanha dos que
sempre o consideraram um homem da trama,
entendida a trama como a, digamos assim, urdidura
legal destinada a condenar Lula de qualquer maneira e, mais do que condená-lo,
impedi-lo (como ele acabou sendo impedido) de disputar as eleições do ano
passado, alargando as chances de vitória do Capitão.
A força-tarefa da Lava Jato (personificado pelo
procurador Deltran Dallagnol), de seu lado, sofre o abalo de atrair para si, aí
sim, convicções extremas de que agiu
e tem agido muitas vezes de forma político-partidária em várias situações, como
na do triplex, em que, à falta de provas convincentes, verazes e
incontestáveis, aferrou-se a suposições e a teses que só foram acolhidas em
juízo porque Moro agia, como se diz, não propriamente como magistrado, mas como
justiceiro.
Como disse um membro aposentado do MP ao Espaço Aberto: “Nem tanto ao mar nem
tanto à terra. É possível que, no início (do processo do triplex),
houvesse apenas suspeitas. Mas, depois,
as provas se mostraram fartas. Eu sempre achei que nos casos da Lava Jato o garantismo inviabilizaria qualquer
investigação. Não se entra numa guerra atômica armado apenas de estilingue.”
Pode ser.
Mas, nesses casos que vêm sendo relatados, Moro
e MP é que estavam com a bomba atômica nas mãos.
As
partes contrárias estavam com estilingue.
A sentença foi mantida por três desembargadores do TRF4, além de cinco ministros do STJ e um do STF.
ResponderExcluirQuer mais?
Agora uma coisa é possível. Que o STF se deleite anulando a Lava-Jato! Sabe por que? Estaria a ajudar os milhares de corruptos que roubaram a Nação e lá tem foro por prerrogativa de função. E tudo em nome da Constituição que os próprios criminosos são souberam respeitar.
A esquerdopatia fulgurante e que deu ensejo ao caso está efusiva para um terceiro turno das eleições.
ResponderExcluirSó bandidos, esquerdistas, ladrões, a imprensa que vivia a custa do governo e ptistas que não gostam de um governo sério. Moro é um expoente deste Governo do Capitão Bolsonaro e orgulho para todo brasileiro. Lula era endeusado por todos por dar dinheiro a todos, roubou o Brasil e brasileiros e apesar deste STF ele continua preso.
ResponderExcluirFaz-me rir...
ResponderExcluirSe vivo fosse, certamente Jarbas Gonçalves Passarinho estaria mais que feliz, sabendo que seu humanismo, contido no célebre princípio de mandar “Às favas, todos os escrúpulos de consciência”, deu o fruto tão almejado pelo mestre com os atos do agora sinistro da injustiça.
ResponderExcluirPara roubar, não pensam nas leis e na Constituição.
ResponderExcluirQuando apanhados, querem as leis e a Constituição.
De qualquer forma, o problema seria se o juiz ficasse batendo papo com advogado... mas ai seria para libertar o ré, né, e ai não teria problema, afinal o criminoso é um "perseguido social".