Na noite deste domingo (05), por volta das 21h,
o presidente Jair Bolsonaro surpreendeu milhões de pessoas que estavam no
Twitter ao fazer esta
postagem.
Quem preferir não vê-la, o repórter a descreve:
é um vídeo em que três foliões estão sobre uma marquise, uma laje, uma
plataforma, seja o que for. Um deles, seminu, faz gestos como se estivesse
apalpando o próprio ânus. Em seguida, abaixa-se para que outro rapaz faça xixi
em sua cabeça.
Não se sabe onde é isso. Nem quando é. Mas o
certo é que Bolsonaro escreveu o seguinte: “Não me sinto confortável em mostrar,
mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar
suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval
brasileiro. (sic) Comentem e tirem suas conclusões.”
Bem, em obediência à ordem unida emitida pelo
Capitão, vamos comentar e tirar conclusões.
Os comentários são os seguintes.
Não. Não “é isto que tem virado muitos blocos de
rua do carnaval brasileiro” (sic). O Carnaval não é o oceano de depravações,
devassidão e esbórnia que o presidente pretendeu nos fazer supor. É uma festa popular que, como tal, também enseja excessos, evidentemente. Inclusive excessos escatológicos
como esse, mas que não foram inaugurados agora.
Excessos existem em qualquer concentração
popular. No futebol, por exemplo, além de levarem xixi na cabeça, torcedores
são mortos – literalmente mortos – em meio a brigas selvagens entre torcedores travestidos
de bandidos – ou bandidos travestidos de torcedores. Bolsonaro quer pior
excesso do que esse?
E a conclusão?
A conclusão é a seguinte.
Inquestionavelmente, indubitavelmente,
indisfarçavelmente, o Capitão deve ter passado o pior Carnaval de sua vida.
Isso porque, como não se desgruda do Twitter, deve ter visto, irritado, furioso
e constrangido, manifestações em que seu nome foi o tempero principal de um coro de
impropérios, palavrões e xingamentos declamados e proclamados, em alto e bom
som, em várias grandes cidades do País.
Constrangedor? Sim.
Mas é Carnaval, Capitão. Isso é Carnaval.
Em outros Carnavais, políticos – inclusive e sobretudo
presidentes – já foram também muquiados verbalmente por foliões – os nus e os
seminus. Neste Carnaval, aconteceu a mesmíssima coisa.
Mas Bolsonaro, como foi alvo de hostilidades
verbais, pinça uma cena – que não se sabe onde nem quando se passou – e a expõe
com o propósito de chocar, digamos assim, a consciência
moral dos brasileiros.
Mas isso é bobagem, presidente.
E sabe o que vai acontecer depois desse vídeo?
Nada.
Porque nem o Carnaval é um oceano de devassidões
e depravações, nem deixará de ser um espaço para irreverências e excessos e
muito menos deixará de ecoar esses corinhos, digamos assim, incômodos, que
deixam políticos fulos da vida.
Tomara que, voltando ao trabalho, a partir desta
quarta-feira (05), o Capitão esteja relaxado.
Ou será que até o final de semana vai sair uma
PEC acabando com o Carnaval?
Vish!
O discurso moralista e moralizante do embusteiro milico tem o único objetivo de desviar a atenção pública de sobre suas falcatruas e crimes.
ResponderExcluirPenso que foi para mostrar que a verba pública não deve ser entregue para patrocinar esse tipo de festa, embora alguns até afirmem que isso seja cultura.
ResponderExcluirPode até ser cultura, mas não a minha.
O Capitão esta acima de todos que apoiam esta depravação que algumas pessoas levam ao carnaval. Ele não é do PT ou da esquerda portanto ele não compactua com falcatruas ou crimes.
ResponderExcluirGovernar exige dedicação, visão abrangente, saber ouvir e filtrar, saber priorizar e muito trabalho. Sentiu o gostinho da faixa, ficou malemolente, míope, ouvidos exclusivos para quem falar somente o que ele quer ouvir, e a prioridade não é trabalhar, é passar o tempo fofoqueando no Twitter. Nunca foi um comandante sensato e competente. Não é de se estranhar que agora seja comandando por aqueles criados à semelhança dele, induzidos a erros pelo fake guru que se mandou para os States, pela aloprada da goiabeira, mais alguns fanáticos, e todos crentes que são os únicos capazes de salvar e moralizar o país.
ResponderExcluirGeneral da Banda
(Blecaute gravou em 1949)
Chegou general da banda ê ê
Chegou general da banda ê a
Chegou general da banda ê ê
Chegou general da banda ê a
Mourão, mourão
Vara madura que não cai
Mourão, mourão, mourão
Catuca por baixo que ele vai
Mourão, mourão
Vara madura que não cai
Mourão, mourão, mourão
Catuca por baixo que ele vai
Chegou general da banda ê ê
Chegou general da banda ê a
Chegou general da banda ê ê
Chegou general da banda ê a