Alguns peemedebistas que orbitam não muito
próximo, mas no entorno, digamos assim, do ministro da Integração, Helder
Barbalho (PMDB-PA), não conseguem, mesmo que tentem, disfarçar a ansiedade em
relação ao resultado do inquérito que apura a participação dele no esquema da
Lava Jato.
A ansiedade tem um motivo: se Helder for
indiciado e, pior ainda, vier a ser posteriormente denunciado pelo Ministério
Público Federal, acham esses peemedebistas que o ministro vai enfrentar uma
pedreira nas eleições de outubro, quando estará disputando o governo do Estado
pelo PMDB. Porque será difícil, nessas circunstâncias, livrar-se da suspeita de
que embolsou propina.
E se não for indiciado? Aí os peemedebistas já
acham que Helder aumentar consideravelmente seu cacife para chegar ao governo.
A ansiedade entre alguns peemedebistas cresceu
depois que o ministro foi à Polícia Federal para prestar depoimento sobre a acusação
de que se reuniu com um executivo da Odebrecht em um hotel em São Paulo,
durante a eleição de 2014, para pedir "doação eleitoral oficial" à
campanha dele ao governo do Pará.
O ministro disse que recebeu R$ 2,2 milhões
declarados à Justiça Eleitoral e negou ter recebido valores em caixa dois, o
que contraria o depoimento de dois delatores da Odebrecht, segundo os quais
foram pagos em espécie, não declarados, R$ 1,5 milhão em hotéis de São Paulo.
Matéria publicada pela Folha diz que ao ser
ouvido na PF, em 14 de dezembro do ano passado, Helder confirmou trechos dos
depoimentos de Fernando Reis e Mário Amaro de Oliveira, executivos da Odebrecht
que fecharam acordo de delação com a PGR (Procuradoria-Geral da República).
Eles haviam relatado que em 2014 Barbalho
viajara de Belém para o encontro em São Paulo ao lado de mais duas pessoas, o
senador Paulo Rocha (PT-PA), aliado político na campanha, e o então prefeito de
Marabá (PA), João Salame Neto (MDB), atual diretor de um departamento do
Ministério da Saúde.
Segundo Amaro, o candidato mencionou que
precisava de R$ 30 milhões para a campanha e indicou um nome "para que
recebesse os valores", o do ex-senador e atual secretário nacional de
Portos, vinculado ao Ministério dos Transportes, Luiz Otávio Oliveira Campos.
Segundo Amaro, Paulo Rocha não pediu recursos
para sua campanha. Amaro disse que dias depois foi a Brasília para se encontrar
com Campos em sua casa, no Lago Sul, e informou que a Odebrecht iria pagar R$
1,5 milhão em caixa dois.
Os delatores entregaram à PGR uma planilha com o
registro de três pagamentos à campanha do ministro, sob o codinome
"Cavanhaque".
Barbalho negou ter indicado o nome de Campos
para Amaro. Mas o próprio Campos, em depoimento à PF, confirmou ter recebido
Amaro em sua casa e disse ter ouvido do executivo que a empresa iria contribuir
com R$ 1,5 milhão para a campanha em doação oficial.
Agora, é aguardar se o ministro vai ser
indiciado ou não.
Estamos fritos neste País!
ResponderExcluirSó se perder o foro privilegiado é que ocorrerá algo.
Se ficar no STF... aí é filé.
Enquanto isso o honestíssimo governador, bicassado, fiador de campanha do Ducionmar, se vangloria de ser "onesto". E os processos dele se arrastam e nenhuma decisão é dada.
ResponderExcluirE o Jatene que está cassado desde o ano passado , Márcio que se cuide .
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