quarta-feira, 9 de agosto de 2017

No vale-tudo de sarjeta, Wladimir Costa desponta soberano


Nas duas últimas semanas, nenhum dos 513 deputados federais, à exceção do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, teve tanta visibilidade, tanta mídia, tanta exposição pública e despertou tanta polêmica em dimensão nacional como o paraense Wladimir Costa, o Wlad, do SD.
Sua Excelência, para aparecer (literalmente) tanto e de forma tão intensa, fez o seguinte, mais ou menos pela ordem.

1. Ensinou algumas técnicas, digamos assim, para ganhar cargos, favores e benesses no governo. O receituário indicado exige, entre outras coisas, fazer cara de coitadinho.

2. Tatuou o nome de Temer no ombro direito, pouco antes de o plenário da Câmara rejeitar, por maioria de votos, a denúncia da PGR contra o presidente.

3. Durante a sessão da Câmara sobre a denúncia, pediu nudes para uma mulher.

4. Respondeu de tal forma a uma repórter da CBN que partidos de oposição cogitam levá-lo ao Conselho de Ética, por suposto assédio contra a jornalista.

5. Criticado pelo jornalista Ricardo Boechat durante um programa da Rádio Bandeirantes, foi para as redes sociais e gravou um vídeo recheado de impropérios.

Ninguém pode impedir o deputado de externar suas opiniões, ainda que contundentes. E ele, igualmente, que assuma condutas quaisquer para defender a si mesmo e as ideias que esposa.
Mas neste momento, em que a política e os políticos são execrados por segmentos de vieses ideológicos os mais diversos, seria necessário que parlamentares sopesassem o que eles ganham - e a política também - quando se entregam a um vale-tudo de sarjeta, como esse em que o deputado Wladimir Costa é um dos protagonistas.

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