Entendimento do STF é grande avanço no julgamento de casos de propina

A 2a. Turma do STF acatou a tese da PGR e decidiu que pode haver pagamento de propina disfarçado de doação eleitoral registrada. A 2a. Turma, por maioria, recebeu a denúncia contra o Senador Valdir Raupp e assessores por recebimento de propina no valor de R$ 500 mil a partir de esquema de corrupção estabelecido na Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Os réus responderão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O relator, Ministro Edson Fachin, entendeu que há indícios suficientes para abertura da ação penal. A PGR defendeu que "o fato de a doação eleitoral ser contabilizada não a transforma em lícita, nem afasta a lavagem do ativo. É uma ótima saída e uma boa forma de lavagem". #lavajato #PGR #STF #processopenal #mpfteam

Uma publicação compartilhada por Alan Mansur (@alanmansurs) em Mar 7, 2017 às 5:19 PST

Esse entendimento, acreditem, é um grande, um enorme avanço para que as mãos dos órgãos de controle adentrem mais fundo, o mais fundamente possível, nas contas de campanha.
Porque todas as excelências acusadas de usar caixa dois sempre disseram, dizem e dirão que, ao contrário, todas as suas receitas e despesas foram devidamente registradas e contabilizadas pela Justiça Eleitoral.
Pois é.
Está aí esse novo entendimento de que, mesmo as contas registradas pode disfarçar ilícitos.