sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Aumento de 92% nos assaltos a ônibus é um espanto


A violência disseminada na Região Metropolitana já nem nos permite mais perceber as verdadeiras dimensões da criminalidade.
A tendência, com isso, é banalizarmos situações que, em condições normais de temperatura e pressão, não poderiam jamais ser banalizadas, porque graves, assustadoras, espantosas.
É grave, assustadora e espantosa a revelação da própria Polícia Militar, de que apenas no mês de janeiro deste ano foram registrados 88 assaltos a ônibus na Grande Belém.
Oitenta e oito assaltos?
Sim, 88.
É quase inacreditável, porque essas ocorrências representam, de acordo com a Inteligência da PM, um aumento de estratosféricos 92% em relação ao número registrado no mesmo período em 2015.
Os locais de maior ocorrência dos assaltos, acrescenta a polícia, são as avenidas Bernardo Sayão, Pedro Álvares Cabral e a rodovia Arthur Bernardes.
A PM informou que fez mais de 35 mil abordagens a ônibus e prendeu 31 envolvidos em assaltos em 2015. Para este ano, uma viatura foi destacada para circular exclusivamente nas áreas de maior incidência de assaltos.
Apenas uma viatura é suficiente?
É bastante?
Para uma modalidade de assalto - a abordagem de bandidos a ônibus - que aumenta assustadores 92%, não seria demais se fossem adotadas estratégias mais amplas para coibir essa prática criminosa que expõe a enormes riscos não apenas um ou duas pessoas, mas várias, às vezes 30 ou 40, no caso dos ônibus com lotação completa que são atacados por bandidos.

8 comentários:

  1. "... a PM informa que faz patrulhamento constante no perímetro..."
    Resposta automática; segue a terra sem lei.

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  2. Para que Belém tivesse um policiamento minimamente razoável, deveria haver 14 mil policiais nas ruas 24 horas por dia. Ou seja, o efetivo, só na capital tinha que ser bem maior, considerando serviço administrativo, área meio, férias, licenças etc. Fora o interior do Estado e sem incluir a região metropolitana.

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  3. Bom retorno para o Poster, livre da tendinite!

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  4. Obrigado, Anônimo. Ou Anônima.
    Estamos aí.
    Abs.

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  5. A solução a curto prazo seria colocar dois policiais do grupo tático a paisana para circular em alguns desses ônibus nos horários de maior incidência de assaltos. Pois bem, quando a primeira abordagem dos assaltantes os policiais passageiros meteriam bala. E assim por várias vezes até que os próprios assaltantes ficassem reticentes em cometer essa modalidade. Foi o que o ACM fez na Bahia quando os assaltos a ônibus intermunicipais eram comuns. Mas pra isso tem que haver um governador preocupado e um secretário de segurança macho. Ah, e um MP buscando menos holofotes.

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  6. Não tem efetivo pra isso.

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  7. tirem os os pms do tribunal de justica de contas mp, etc etc etc e coloquem nas ruas...eles ficam nesses tribunais parecendo crianças na 5ª serie...rindo, brincando! vivem de ferias! é ridiculo

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  8. Também não dá. Se somar o efetivo na área administrativa e botar nos ônibus não daria. E outra, o pessoal do tático não está na área meio. E nem todos os policiais tem o curso tático. Alguns tem curso de operações especiais, choque, patrulhamento, escolar, ambiental etc. Tático são poucos. Solução? Um efetivo de 25 a 35 mil policiais. Mas não há dinheiro pra isso. Outro problema é o salário: baixíssimo.

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