sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Presas, elas estão livres. Livres, nós todos estamos presos.

Vejam aí.
A imagem foi capturada pelo Espaço Aberto de um vídeo que já ganhou mundo.
O vídeo pode ser visto no perfil do Belém Trânsito no Twitter (cliquem aqui).
Detentas do Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, aparecem numa festinha.
A certa altura, uma dessas garotinhas, bebida na mão, diz que elas também curtem essas festinhas, e não apenas aqueles que estão em liberdade.
Ela tem razão.
Vocês sabem, por exemplo, a diferença entre um cidadão como Alcy Guimarães, assaltado duas vezes em poucas horas, e essas detentas que se exibem nas redes sociais fazendo farra dentro de uma cela?
É que um cidadão como Alcyr, livre, está refém da violência; as detentas, presas, estão livres.
Sabem, por exemplo, a diferença entre um cidadão que se vê assaltado em plena praça, enquanto caminhava num sábado de manhã, e essas detentas que se exibem nas redes sociais curtindo adoidadamente os prazeres da vida?
A diferença é que um cidadão assaltado na praça está refém do banditismo; as detentas, presas, estão livres.
Sabem a diferença entre milhares de moradores de Belém e esses beldades que agitam dentro de uma cela de presídio?
A diferença é que milhares de moradores de Belém estão enclausurados em suas próprias casas, estão presos atrás das grades que eles próprios ergueram; os bandidos, de seu lado, estão livres.
Dá para acreditar que isso não é ficção?
Dá.
Porque não é ficção.
É a mais pura realidade.

Um comentário:

  1. ..."a PM informa que faz rondas constantes no local..." hahahaha

    ResponderExcluir