terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Nunes deveria ser mais contundente contra práticas espúrias
Com todo o respeito ao coronel Nunes - com todo o respeito mesmo -, mas é quase inacreditável ouvi-lo dizer, como tem dito nas entrevistas que tem dado, a partir do momento em que se anunciou a sua iminente ascensão ao cargo de presidente da CBF, é quase inacreditável, portanto, que o coronel diga não ter base para falar sobre as denúncias contra seu antecessor, Marco Polo Del Nero, porque não conhece ao certo as investigações em curso.
Tudo muito bom, tudo muito bem que, ao dizer isso, o coronel elege se inspira, provavelmente, na presunção de inocência que deve prevalecer sempre.
Mas seria necessário um discurso, digamos assim, menos corporativista, menos dúbio e mais virulento do virtual novo presidente da CBF contra a corrupção e todos os tipos de desmandos, como os que se suspeita tenham sido cometidos por Marco Polo Del Nero, José Maria Marin e Ricardo Teixeira.
Mas não.
Nunes põe o legalismo na ponta das chuteiras e fala como se as denúncias envolvendo a cúpula da CBF fossem algo assim meio distantes, meio inatingíveis.
Que nada.
Nunes está no comando da Federação Paraense de Futebol desde 1994.
Sua mentalidade, só por isso, vai na contramão da renovação, eis que jamais dignou-se abrir mão do cargo para permitir um rodízio, sempre saudável.
No comando do futebol brasileiro, Nunes mudará? Nada indica que sim.
Mas ficaria menos pior se o virtual novo presidente da CBF adotasse discurso mais consentâneo com estes tempos em que Ricardo Teixeira, Marin e Del Nero são apontados, em várias investigações, como as personificações da falta de transparência, do retrocesso e de malfeitorias sem fim.
Com todo o respeito ao coronel, repita-se.
Se fosse só isso. Ele disse que não cabe técnico estrangeiro na seleção. Na verdade foi escolhido a dedo. O vice de SC não era do grupo Havelange-Teixeira-Marin-del Nero.
ResponderExcluirMas será que ele não sabe? Esse jeito "Lula" de ser, não cola mais.Essa turma é mais lisa que muçun.
ResponderExcluir