segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Impeachment tem legitimidade, mas deve ser arquivado


De leitor do Espaço Aberto, sobre a postagem Eduardo Cunha e sua enorme, sesquipedal pequenez:

Malgrado enviado por Cunha, o pedido de impedimento formulado pelos três juristas tem legitimidade sim, ainda mais a persistir, até o fim, o encaminhamento processual adequado previsto pela norma que o rege.
Inclusive, dois mandados de segurança impetrados recentemente no STF já levaram farelo, porque não preenchiam os requisitos da Lei do Mandado de Segurança.
O Cunha tinha em mãos esse pedido de impedimento há tempos e até mesmo deve tê-lo usado para barganhar algo,como, também, pelo lado contrário, viu-se nos escândalos do Mensalão e do Petrolão, mas a dizer que o pedido não tem fundamento real para a deflagração do processo é puxar muito a sardinha somente para a brasa do PT.
Serão 65 congressistas que darão a palavra para o prosseguimento ou não do procedimento de impedimento, cuja comissão é pluripartidária e onde o PT e aliados tem a maioria dos votos. Por isso, embora eu entenda que o PT não faz bem ao Brasil, mas como essa comissão será formada em maioria pela base do governo, o futuro parece que seja o do arquivamento.
Só uma hipótese pode mudar os planos do PT: a reivindicação nas ruas. Contudo, a pressa do PT para encerrá-lo até o fim deste ano não dará tempo de haver mobilização nas ruas e ai sim o pedido perde a legitimidade.
O que mais incomoda, além do Mensalão e Petrolão, é ver que esse pessoal não quer largar o osso, afastando-se de prerrogativas, porque para eles agora é vida ou cadeia.

2 comentários:

  1. Nobre Poster, o parecer da Comissão Especial não é vinculativo. Independente do resultado, seja pelo prosseguimento, seja pelo arquivamento, terá que ser votado pelo plenário da câmara, que é quem dá a última palavra. No fim e ao cabo quem decide é o plenário da Casa.

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  2. Só uma correção. O pedido do Bicudo não é o antigo. Ele o refez e entregou com as pedaladas de 2015. Só não sei se ele incluiu mais fatos novos. Então esse pedido não estava com Cunha há muito tempo, mas o primeiro.

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