segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
"Eles se excluíram", diz presidente da OAB-PA sobre três advogados
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB-PA), Jarbas Vasconcelos, rebateu insinuações ou mesmo afirmações expressas de que a escolha dos seis candidatos da instituição a ocupar a vaga de desembargador do Tribunal de Justiça do Estado (TJE), pelo quinto constitucional, teria sido inspirado em motivações políticas.
Em manifestação que consta de um áudio de 2 minutos e 54 segundos (ouça acima), gravado por Vasconcelos e distribuído para os integrantes de um grupo formado no aplicativo WhatsApp, são mencionados expressamente três advogados - José Ronaldo Dias Campos, Jean Carlos Dias e Bruno Coelho de Souza - como exemplos de profissionais que, na opinião do presidente da Ordem, não poderiam jamais concorrer a uma vaga de desembargador, em decorrência da insuficiência de conhecimentos que teriam demonstrado em sabatina na última sexta-feira, da qual participaram outros nove candidatos, entre eles os seis que acabaram escolhidos par compor a lista sêxtupla - Luiz Neto, João Batista dos Anjos, Mancipor Lopes, Neuza Gadelha, Alessandro Oliveira e Eder John Coelho.
"A lista erra essa. E não precisou política pra tirar esses caras, não. Eles se excluíram", afirmou Jarbas Vasconcelos, referindo-se a José Ronaldo, Jean Carlos e Bruno. O presidente disse que propostas como as de criar súmulas vinculantes em abundância no TJE e limitar as competências do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estritamente ao âmbito administrativo, como as que teriam sido feitas por Jean Carlos Dias, caminham frontalmente na contramão de bandeiras defendidas nacionalmente pela Ordem dos Advogados do Brasil.
"Se permitir o debate, eu perguntaria pra ele [Jean Carlos Dias]. Quer dizer que o senhor, no caso que iam roubar R$ 2 bilhões e meio do Banco do Brasil, o CNJ não precisava decidir, o Banco do Brasil seria roubado porque não era uma questão estritamente administrativa?" - questiona Jarbas Vasconcelos, referindo-se ao caso envolvendo as desembargadoras Vera Araújo de Souza e Marneide Merabet, que desde maio do ano passado respondem a um processo administrativo no CNJ.
Em relação a Bruno Coelho de Souza, Jarbas Vasconcelos considerou que seu desempenho na sabatina esteve muito aquém do esperado. "Ele não conseguia saber o que era foro, o que era competência, o que era nada. Gaguejava, cuspiu e não disse pra que veio. Uma vergonha."
O presidente da OAB-PA também usou termos contundentes para se referir ao advogado José Ronaldo Campos, que atua em Santarém. "Foi o pior de todos os candidatos, porque ele não sabia o que era PJe [Processo Judicial Eletrônico]. Falou PGe. Ele se disse advogado trabalhista. Não sabia o que era razoável duração do processo. Ele errou as quatro perguntas. Se fosse num concurso, ele tirava zero", resumiu Jarbas Vasconcelos.
Líder não se auto- proclama, tem que ser reconhecido. Notório saber não tem nenhuma ligação direta com liderança, alguém pode muito bem ser culto, reconhecido assim, mas defender posições minoritárias, exóticas, possuindo assim pouca ou quase nenhuma liderança. Creio que o tempo de privilégio de sangue já passou e ninguém tem saudade. É interessante ver que os motivos apresentados para exclusão dos nomes não se ligam a política partidária, vendetas pessoais, ou tráfico de influência. São razões sobre posicionamentos em relação a temas candentes, de interesse da advocacia. Eleição é assim, confrontam-se visões diferentes, alguém vence , alguém perde, o resto é velho "us esperneandi".
ResponderExcluirEles deviam era fazer nova prova pra ordem,isso sim. Aqueles que proclamam ser "medalhões" , deviam ficar calados e pedir que o parecer de todos viesse à público. Ocupar um cargo desses é de interesse público e não pode ficar entre quatro paredes.
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