sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas é preso em flagrante por agressão

João Freitas com Roberta Vilanova, em foto de julho deste ano, publicada
no Blog do Augusto Alves, quando ambos estavam em campanha
para a renovação da diretoria do Sindicato dos Jornalistas no Pará
A ocorrência é inédita, inusitada, deplorável e, por último mas não menos importante, passível de enquadramento penal: um vice-presidente de sindicato de jornalistas ser preso em flagrante por ter agredido colega de diretoria, expondo-se assim às reprimendas estatutárias e expondo-se a responder criminalmente por sua conduta.
Pois o ineditismo, o inusitado, o deplorável e a conduta passível de enquadramento penal aconteceu aqui em Belém.
A diretoria do Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), em nota divulgada em seu site no início da madrugada desta sexta-feira, informou que o vice-presidente, João Freitas, "foi preso em flagrante por violação à Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), tendo como vítima outra diretora deste sindicato."
A nota não menciona o nome da diretora agredida, mas o Espaço Aberto apurou que ela é Eliete Ramos, que exerce o cargo de 2ª secretária de Mobilização Sindical.
O agressor, de acordo com o próprio Sinjor, poderá até mesmo perder o mandato, de acordo com as sanções previstas no artigo 90 de seu estatuto, que diz o seguinte - vejam na imagem abaixo:


A diretoria do Sinjor informou que já decidiu "tomar as providências administrativas cabíveis" e promete que "a categoria será informada a respeito dos procedimentos" a serem adotados. O caso, muito provavelmente, deverá ser conduzido pela Comissão de Ética, que tem como seus integrantes titulares os jornalistas Walber Monteiro, Edyr Falcão, Elielton Amador e Diane Maués.
Além de ser divulgada no site do sindicato, a nota informando sobre a agressão também ganhou destaque no blog da presidente da entidade, Roberta Vilanova (veja nas imagens abaixo).




A seguir, a íntegra da nota do Sinjor:

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NOTA DE ESCLARECIMENTO E REPÚDIO

A diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) vem a público informar que o repórter cinematográfico e vice-presidente da entidade, João Freitas, foi preso em flagrante por violação à Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), tendo como vítima outra diretora deste sindicato.Este acontecimento abalou profundamente os membros desta diretoria, que historicamente militam em defesa dos direitos fundamentais e dos direitos humanos. Esta diretoria repudia veementemente todo e qualquer violência contra a mulher.
O artigo 90 do Estatuto do Sinjor-PA veda agressões físicas e morais a membros da diretoria e sindicalizados. Situações como esta são passíveis de aplicação de pena, incluindo perda do mandato, precedida de procedimento regular, assegurado o contraditório e a ampla defesa, com a possibilidade de recurso.
Esta diretoria reconhece o avanço na legislação brasileira, que, com o advento da Lei Maria da Penha, tornou-se exemplo para o mundo ao passar a considerar a violência doméstica e familiar como crime, garantindo a integridade física, moral e emocional da mulher.
Em razão do exposto, a diretoria deliberou tomar as providências administrativas cabíveis ao caso. A categoria será informada a respeito dos procedimentos a serem tomados.
A diretoria lamenta profundamente que episódios de violência contra a mulher continuem acontecendo. A categoria tem sido representada historicamente por pessoas que, por sua sólida formação ética e política, respeitam tais direitos, além de princípios de sociabilidade, urbanidade e respeito.
O Sinjor-PA reitera seus princípios e informa que espera dar tratamento exemplar ao caso para que toda e qualquer tipo de violência física ou moral seja denunciado e extirpado de nossa sociedade. O Sinjor-PA encoraja as vítimas a não se calarem diante de crimes como esse. Diga não à violência contra a mulher. Denuncie.

A Diretoria.

3 comentários:

  1. Há detalhes sobre como essa ação deplorável aconteceu?

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  2. Sim, alguns detalhes.
    Mas como envolve a vida privada dos dois, não divulgaremos.

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  3. Detalhes são detalhes para os dois ou tem alguma coisa a ver com a ação do Sinjor em defesa dos jornalistas ?

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