quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Aécio, o “estadista” à procura de credenciais


E Aécio, hein?
Muitos estavam apostando que ele apareceria pendurado num busão, às 17h, às 18h, em meio ao pico do trânsito numa grande cidade brasileira, apenas para retirar-lhe o corte de tucano emplumado e mostrá-lo como o cara com os pé no chão, aquele que rala de sol a sol.
Não fizeram isso.
Se fizessem, teria sido a versão tucana de dona Dilma, a gerentona transformada na cozinheira, na “dona de casa” do Palácio da Alvorada (putz!).
Mas é fato que Aécio foi mostrado meio, como diríamos, pesadão em sua primeira aparição no horário eleitoral no rádio e na TV.
Filmado dentro de um estúdio, de terno e gravata, engatou o discurso de que o brasileiro, um cara trabalhador, é o melhor que o Brasil tem, enquanto o governo Dilma é o pior que o Brasil pode apresentar.
A ideia central desse discurso foi mostrar Aécio como o homem com capacidade de liderar o país e o representante genuíno de um, como ele mesmo disse, “jeito novo” de governar.
É?
Melhor do que mostrar entrando Aécio entrando na casa dos outros por meio de celulares, computadores, televisores e outras engenhocas eletrônicas, não seria melhor mostrá-lo conversando com as pessoas na casa delas, caso, é claro, cada uma o deixasse entrar?
E o “jeito novo” de governar acolhe os equívocos e as contradições como as que cercam a história do aeroporto construído em terras de um parente seu, no interior das Minas Gerais?

O “estadista” Aécio Neves terá muito chão ainda para percorrer nesta campanha. É aí, justamente, que poderá comprovar, se puder e quiser, se é um estadista inaugurando um “jeito novo” de fazer política ou uma liderança que projeta uma disposição de fazer apenas uma política “diferente”, mas velha política, de qualquer forma.

3 comentários:

  1. Eu e que te digo:"ESTADISTA é?" fala sério........

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  2. Não, ao jeito velho!
    Sim, ao jeito novo!
    Muito jeito, é preciso!
    Políticos sem jeito não dá mais!
    O Brasil não pode continuar
    andando a passos de tartaruga.
    Para andar a passos de veado,
    o Brasil precisa de
    inéditos requebros e novos trejeitos!

    (Se marketing político,
    discursos
    e promessas dessem jeito,
    o Brasil não estaria desse jeito.)

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