Neymar chora copiosamente durante o hino, antes do jogo contra o México. Por quê? |
Esta é a pergunta que não quer calar: por que a seleção brasileira chora tanto, hein?
Sem brincadeira.
O poster acompanha Copas desde a de 1970.
E pode testemunhar: nunca antes, jamais, em tempo algum, na história da participação do Brasil em Copas - pelo menos a partir da de 1970 -, jogadores brasileiros choraram tanto como agora.
Até então, choro mesmo só na conquista do título. Ou no jogo da eliminação da Copa.
Agora não.
Thiago Silva, o capitão estava lagrimando antes mesmo de entrar em campo para a partida contra Croácia.
Na execução do hino, também neste primeiro jogo, Júlio César estava com os olhos vermelhos.
No jogo seguinte, contra o México, Neymar caiu no choro.
No jogo de sábado, choraram quase todos - antes, durante e depois da série de penalidades que acabou com a vitória do Brasil e a passagem para as quartas de final.
Por que esse chororô todo?
Por que essa emotividade tamanha?
É fragilidade emocional?
"Emocionalmente, o Brasil está abalado", aposta o ex-zagueiro Ricardo Rocha, hoje comentarista do canal fechado Sportv.
Mas abalado com quê?
A seleção não está, como poeticamente se diz, jogando nos braços da torcida?
Está.
A seleção, como ela própria tem dito, não está se sentido prestigiada, apoiada, acolhida pelo torcedor brasileiro?
Está.
A seleção não sente que inspira confiança no torcedor, apesar das falhas que todos temos visto desde a primeira partida?
Inspira sim.
Não está, mesmo com dificuldades, galgando os ditos "degraus" que poderão conduzi-la à conquista do hexa?
Claro que está.
O grupo não está unido, fechado?
Sim. Está.
Então, repita-se, qual o motivo do abalo?
Será a pressão que a equipe está sentindo porque joga em casa e acha que não pode, sob hipótese alguma, decepcionar ninguém?
Sabe-se lá.
Mas que há excesso de choro, isso é indiscutível.
O chororô é de chamar atenção.
É espantoso.
A equipe de Felipão precisa relaxar.
Até porque todos são jovens.
Ao que parece, todos desse grupo participam de sua primeira Copa. São novos. Mas são experientes. Inclusive Neymar, que tem apenas 22 anos, mas age com uma personalidade que o confunde com atletas dos mais experientes.
Não queremos jogadores entrando em campo com os dentes trincados, como se fossem para a última e decisiva guerra de suas vidas.
Mas convém compreenderem que um pouco mais de autocontrole nas emoções talvez os ajude a levar a Copa com mais, digamos assim, naturalidade.
Seriam as lágrimas de decepção por saberem o que nós não podemos?
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