segunda-feira, 30 de junho de 2014

Acabou o ufanismo. Já não era sem tempo.

Júlio César é festejado após defender dois pênaltis. Mesmo assim, acabo o ufanismo. Que bom! 
Olhem só.
Vocês, leitores do Espaço Aberto, são testemunhas.
Vocês, que passam por aqui todos os dias, podem confirmar.
Antes mesmo do início da Copa, o blog fez o registro de que o ufanismo em torno da seleção brasileira não era ruim. Mais do que isso. Era péssimo.
Alertou-se, também antes de começar a Copa, que era muito, muitíssimo estranho, era estranhíssimo só o treinador Felipão achar que "está tudo errado".
Pois é.
Veio o primeiro jogo. Brasil 3 x 1 Croácia. O ufanismo tendia a aumentar.
Veio o segundo jogo. Empate com o México: 0 a 0.
Pronto. Bastou isso para o ufanismo começar a acabar.
Sim. Na terceira partida pela fase de grupos, 4 a 1 sobre a seleção de Camarões - que jogou já desclassificada, sem alguns de seus principais jogadores, com brigas no elenco etc. E o ufanismo, se não continuou em baixa, pelo menos não retomou a curva de ascensão.
Enfim, veio o jogo de sábado, o primeiro do Brasil pelas oitavas.
No tempo regulamentar: 1 a 1, com sufoco sobre o Brasil, sobretudo no segundo tempo.
Veio a prorrogação: 1 a 1.
No pênaltis: 3 a 2 para a seleção, num dos jogos mais nervosos, mais tensos do Brasil em Copas do Mundo.
Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo.
E aí?
O ufanismo acabou de vez.
Chegou ao chão.
Agora, pululam, brotam aos borbotões por aí, disseminam-se descontroladamente as críticas à seleção brasileira, mesmo que tenha passado às quartas.
Enfim, voltou o senso crítico do brasileiro.
Finalmente, coleguinhas, muitos deles também ufanistas, começam a dizer claramente que "está tudo errado". Repetem, exatamente, o que dizia o técnico Felipão, naqueles tempos recentíssimos, em que todos, dissentindo dele, verberavam de forma estranhíssima que estava tudo certo.
Acabou, repita-se, o ufanismo.
Quem sabe, agora, o Brasil não começa a caminhar, definitivamente, rumo ao hexa?
Tomara que sim.
Torçamos para que sim.
Mas sem ufanismos, é claro.

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