sexta-feira, 14 de março de 2014

“Essa crise é um imenso besteirol”


Interlocutor qualificado da política paraense, com décadas de quilômetros rodados no mundo da política e com experiência suficiente para projetar cenários, usou expressão singular quando provocado, pelo Espaço Aberto, a dizer como classifica essa crise que parece engolfar, que parece tragar para o nadir, para o fundo do poço a aliança nacional entre PMDB e PT.
“Essa crise é um imenso besteirol”, resumiu o personagem ontem, no final da manhã, enquanto digeria o processo de desgaste acelerado nas relações políticas entre o PMDB e o PT, desde que a presidente Dilma Rousseff resolveu entestar as pretensões de segmentos peemedebistas que exigem, entre outras coisas, tratamento mais privilegiado na concessão de cargos no primeiro escalão.
“A presidente Dilma tem que colocar no governo quem ela quiser. Ela é a presidente da República. O ministério é dela. Nem o PMDB, nem de qualquer partido da base aliada podem, portanto, interferir em suas escolhas. A presidente nomeia quem ela quiser e não deve ser hostilizada por causa disso”, ponderou o interlocutor ao blog.
O PMDB, segundo ele, deveria ouvir vozes de lideranças que recomendam intramuros - portanto sem o estrépito que essa ponderação teria caso fosse verbalizada publicamente – uma postura mais serena, inteligente, objetiva e produtiva, deixando de fazer imposições que acabam alimentando, no seu dizer, uma “crise desnecessária e artificial”.
E os reflexos paroquiais, regionais da crise nacional envolvendo PMDB e PT?
E os reflexos, no universo da política paraense, dos confrontos entre os rebelados peemedebistas e o governo Dilma?
E as consequências dessas rusgas nacionais em relação às pretensões de PMDB e PT no Pará, que pretendem firmar uma aliança para as eleições de outubro que teria como candidato ao governo o peemedebista Helder Barbalho e para o Senado o petista Paulo Rocha?
“Essa crise não afeta em nada a aliança que os dois partidos pretendem fazer aqui”, garantiu o interlocutor ao Espaço Aberto. Tanto o PMDB como o PT, segundo ele, estão pavimentando seus caminhos com os olhos postos no objetivo primordial de derrotar o governo tucano, por meio de um projeto político-eleitoral que passa pelo respeito às deliberações partidárias e às estratégias que cada agremiação considerar conveniente.
Daí não ser de correto afirmar-se, segundo a fonte ouvida pelo blog, que uma aliança entre as duas legendas já no primeiro turno tenha sido, em algum momento, colocado como condicionante para uma aliança entre o PMDB e o PT no Pará.
O importante, conforme avaliação do interlocutor, é que ambos os partidos avaliem o que é melhor neste momento. Se for a aliança já no primeiro turno, ótimo. Do contrário, se for mais conveniente no segundo turno, muito melhor. O importante, conforme reforçou, é respeitar a estratégia dos partidos.

2 comentários:

  1. Isso tudo não passa de um imenso BBB: falsidades desfarçadas, ameaças cenográficas e...tudo termina em sacanagem.
    Programa impróprio para crianças, pois pt e pmdb sempre terminam "sob o edredon", abraçadinhos.
    E a gente é que "pagamu tudo".
    Mas, tudo republicano, tudo pela governabilidade, tudo disquerda.
    E no Brazilzil, disquerda pode tudo.

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  2. A presidenta não é a ditadora do Brasil, é a presidenta. Ela tem que saber negociar com os políticos, o congresso e os partidos, assim é a democracia. Ela fala do Anônimo é mais do petismo deslumbrado, sem argumentos.

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