quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Pouco se aproveita de Romário. Mas convém que o ouçamos.

Sim, meus caros.
Romário, como jogador, foi quase uma unanimidade.
Foi um craque.
Fora dessa seara, no entanto, Romário não é lá um exemplo a ser seguido.
E sendo ele quem é, talvez não dê mesmo a mínima para ser exemplo a ser seguido por ninguém. Ainda bem.
O certo é que Romário, como parlamentar, tem confundido as suas imunidades que o protegem nos discursos que fizer da tribuna, com os juízos que expende, fora da tribuna, sobre todos os que ele não gosta.
Por conta disso, não é exagero dizer que, não raramente, Romário, calado, é um poeta.
Uma coisa não se diga, porém, desse cidadão: que ele tem medo de falar o que pensa.
Sua Excelência, na condição de deputado federal, é tão desatento de suas responsabilidades que é capaz de falar mal dele próprio.
Melhor, às vezes, para o Brasil, que passa a conhecer melhor tanto Romário como os personagens que ele critica.
Assim foi ontem.
O deputado soltou o verbo.
Numa entrevista exclusiva à Rádio Globo (clique aqui para ler a íntegra), sentou a pua no secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e em José Maria Marin e Ricardo Teixeira, respectivamente presidente ex-presidente da CBF.
Romário falou numa das maiores emissoras de rádio do país o que os brasileiros, em mesas de bar e em salões ilustrados e cheios de lustres, falam há bastante tempo.
Além disso, o deputado amparou seus juízos com base em fatos que envolvem esses personagens, sobretudo Ricardo Teixeira, que já não tem propriamente uma biografia, mas uma ficha corrida repleta de eventos dos mais, digamos assim, instigantes. Sobretudo para o Ministério Público.
Não nos impressionemos, todavia, com os arroubos de Romário, que precisa de grande visibilidade, até porque é aspirante à Prefeitura do Rio em 2016.
Mas precisamos escutar - ou ler - o que ele diz.
Sempre com o cuidado de considerarmos que Romário, calado, é um poeta.
Um grande poeta.

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